A Fundação Alameda realiza nesta semana, na
Sala Magna da Faculdade de Direito e na Defensoria do Povo, em Buenos Aires, o
Congresso contra o tráfico e o crime organizado com o tema "Por uma
Argentina sem máfias".
Especialistas judiciais, políticos, sindicais, religiosos e
de organizações sociais tanto nacionais como de outros países debaterão durante
três dias diagnósticos e políticas públicas para combater efetivamente o crime
organizado, resgatar e reinserir as vítimas e avançar para um país livre de
máfias, escravidão e exclusão.
No último dia haverá oficinas de debate e um plenário em que
todas as pessoas e organizações que desejem poderão convergir na construção de
uma rede antimáfia em base a conclusões e consensos comuns para desenvolver
ações conjuntas em todo o país.
"Consideramos que as redes de tráfico de trabalho e
sexual, o narcotráfico, os gravíssimos delitos ambientais, a lavagem de
dinheiro a ser gasto de forma fraudulenta na economia formal e o tráfico de
bebês, entre outros delitos, são uma parte de uma rede do crime organizado.
Isto é, a associação de grupos criminais que operam junto a setores do Estado,
quer sejam policiais, políticos, ou juízes complacentes com as mesmas, mediante
o suborno ou a participação direta na execução dos delitos. Essa associação
configura uma mafiosidade no aparato do Estado e o crescimento de máfias que
atuam com liberdade e impunidade, seguras da cobertura que as respalda",
afirma a convocatória.
Na Argentina se estima que meio milhão de pessoas são
escravizadas em fábricas, campos, olarias e vários ramos da economia. A maioria
deles foi vítima de tráfico para exploração trabalhista e reduzidos à servidão.
Milhares e milhares de crianças são submetidas a trabalho forçado no campo
ounas ruas, são usados para redes de pedofilia ou vendidos diretamentedesde o
nascimento mediante o tráfico debebês. Cerca de sessenta mil mulheres são
escravizadas em oito mil bordéis de todo o país, muitas delas vítimas de
tráfico para exploração sexual. Há também umcrescimento do tráfego,
comercialização e distribuição de cocaína a tal pontoque o nosso país encabeça
na América Latina o maior consumo per capita, segundo dados recentes das Nações
Unidas.
Também são crescentes o número de casos de corrupção e
desvio de verbas públicas ligadas a gravíssimos crimes ambientais que ocorrem
em torno do negócio da mineração, petróleo ou pulverização com agrotóxicos que
destroem o meio ambiente e adoecem populações inteiras. Estes e outros crimes
relacionados ao contrabando e corrupção, geram milhões de massas de dinheiro no
circuito ilegal, que são então passadas para a economia formal através de lavagem
de dinheiro, seja através de empresas ou fundos, seja através de jogo ou outro
esquemas fraudulentos diante de um Estado que não persegue este crime.
O Congresso contra o tráfico e o crime organizado é gratuito. A única condição para participar é o desejo de encontrar um terreno
comum na diversidade de avançar para uma Argentina sem máfias, sem tráfico
,escravidão e exclusão.
Para mais informações sobre a programação do evento: www.congresoantimafia.com.ar
Fonte: adital
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