sábado, 6 de abril de 2013

Congresso contra o Tráfico e o Crime Organizado é realizado em Buenos Aires


A Fundação Alameda realiza nesta semana, na Sala Magna da Faculdade de Direito e na Defensoria do Povo, em Buenos Aires, o Congresso contra o tráfico e o crime organizado com o tema "Por uma Argentina sem máfias".

Especialistas judiciais, políticos, sindicais, religiosos e de organizações sociais tanto nacionais como de outros países debaterão durante três dias diagnósticos e políticas públicas para combater efetivamente o crime organizado, resgatar e reinserir as vítimas e avançar para um país livre de máfias, escravidão e exclusão.

No último dia haverá oficinas de debate e um plenário em que todas as pessoas e organizações que desejem poderão convergir na construção de uma rede antimáfia em base a conclusões e consensos comuns para desenvolver ações conjuntas em todo o país.

"Consideramos que as redes de tráfico de trabalho e sexual, o narcotráfico, os gravíssimos delitos ambientais, a lavagem de dinheiro a ser gasto de forma fraudulenta na economia formal e o tráfico de bebês, entre outros delitos, são uma parte de uma rede do crime organizado. Isto é, a associação de grupos criminais que operam junto a setores do Estado, quer sejam policiais, políticos, ou juízes complacentes com as mesmas, mediante o suborno ou a participação direta na execução dos delitos. Essa associação configura uma mafiosidade no aparato do Estado e o crescimento de máfias que atuam com liberdade e impunidade, seguras da cobertura que as respalda", afirma a convocatória.
Na Argentina se estima que meio milhão de pessoas são escravizadas em fábricas, campos, olarias e vários ramos da economia. A maioria deles foi vítima de tráfico para exploração trabalhista e reduzidos à servidão. Milhares e milhares de crianças são submetidas a trabalho forçado no campo ounas ruas, são usados para redes de pedofilia ou vendidos diretamentedesde o nascimento mediante o tráfico debebês. Cerca de sessenta mil mulheres são escravizadas em oito mil bordéis de todo o país, muitas delas vítimas de tráfico para exploração sexual. Há também umcrescimento do tráfego, comercialização e distribuição de cocaína a tal pontoque o nosso país encabeça na América Latina o maior consumo per capita, segundo dados recentes das Nações Unidas.

Também são crescentes o número de casos de corrupção e desvio de verbas públicas ligadas a gravíssimos crimes ambientais que ocorrem em torno do negócio da mineração, petróleo ou pulverização com agrotóxicos que destroem o meio ambiente e adoecem populações inteiras. Estes e outros crimes relacionados ao contrabando e corrupção, geram milhões de massas de dinheiro no circuito ilegal, que são então passadas para a economia formal através de lavagem de dinheiro, seja através de empresas ou fundos, seja através de jogo ou outro esquemas fraudulentos diante de um Estado que não persegue este crime.

O Congresso contra o tráfico e o crime organizado é gratuito. A única condição para participar é o desejo de encontrar um terreno comum na diversidade de avançar para uma Argentina sem máfias, sem tráfico ,escravidão e exclusão.

Para mais informações sobre a programação do evento: www.congresoantimafia.com.ar
Fonte: adital

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