Profissionais do sexo do Maranhão
estão reunidas em São Luís para discutir
a situação dessas mulheres, com o intuito buscar políticas públicas que lhes
tragam benefícios. Elas estão participando do 8º Encontro Estadual de
Profissionais do Sexo do Maranhão, iniciado na segunda-feira, dia 28, na
capital maranhense e que se estende até hoje.
Com o tema “Desnudando a Política
de Prostituição no Brasil”, o encontro está sendo realizado no Convento das
Mercês, no bairro do Desterro. Ativistas das redes e movimentos sociais de
populações vulneráveis da República Federativa da Guiné-Bissau, país da África
Ocidental, estão participando do encontro para fazer um intercâmbio de
experiências e melhorar o projeto de Fortalecimento do Combate ao HIV/AIDS no
país africano.
Prevenção
O objetivo do encontro, que reúne
também representantes de profissionais do sexo de outros estados, como Piauí,
Paraíba, Bahia, Rio Grande do Norte e Pará, é apoiar a resposta nacional para
condução de uma política de prevenção e assistência em HIV/AIDS para a
população em geral, e para os grupos populacionais que estão mais vulneráveis
e sob maior risco de infecção, contribuindo dessa forma, para o desenvolvimento
de ações para o fortalecimento das políticas públicas voltada ao HIV/AIDS e
hepatites virais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O evento é realizado em parceria
com organizações da sociedade civil que desempenham ativismo e controle social
para a promoção de direitos e resgate da cidadania e conta com o apoio do
Ministério da Saúde (MS), e das Secretarias de Estado de Direitos Humanos e
Participação Popular (Sedihpop), da Mulher (Sema) e Municipal de Saúde (Semus).
Fortalecimento
De acordo com Maria de Jesus
Almeida, sócia-fundadora da Associação de Profissionais do Sexo do Maranhão
(Aprosma), o encontro acontece no período em que se comemora os 40 anos de luta
pelos direitos da prostituição no Brasil.
Ela afirmou que as profissionais
que atuam nessa área estão mais conscientes de seus direitos e houve avanços
significativos para a diminuição do preconceito. Contudo, ela afirmou que mais
melhorias precisam ser colocadas em práticas, e uma delas é o projeto de lei
para regulamentar a prostituição como profissão.
“O preconceito não vai acabar,
mas a profissional do sexo está mais consciente de seus direitos. Se ela for
violentada, por exemplo, sabe a quem procurar. Além disso, a prostituta tem de
ser vista na sociedade como uma mulher que tem direitos e deveres para cumprir
como qualquer outro cidadão”, ressaltou.
ATÉ HOJE
A programação do 8º Encontro
Estadual de Profissionais do Sexo do Maranhão prossegue hoje com a realização
de palestres voltadas para a saúde e o enfrentamento da violência. Já a noite
haverá uma festa de encerramento das atividades.
Fonte: http://imirante.com/
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