Meninas afegãs encontram na
bicicleta uma forma de libertação (Foto: Reprodução Vimeo)
No país onde garotas são
proibidas de dirigir, um grupo crescente de mulheres tem arriscado andar de
bicicleta como forma de libertação. Essa a história é retratada no documentário
Afghan Cycles, que ainda busca recursos para finalização e deve ser lançado em
2016.
“A condição das meninas no Afeganistão é
marcada pelo medo”, resume uma garotinha de maneira categórica logo no início
do teaser do documentário Afghan Cycles, divulgado recentemente. Mas no país
onde mulheres não podem dirigir e poucas frequentam a escola, algumas têm
buscado na bicicleta uma ferramenta de libertação.
“Algumas pessoas acreditam que as
mulheres devem ficar em casa e tudo o que elas podem fazer é cozinhar e cuidar
da casa. Eles dizem que uma bicicleta pode destruir o futuro de uma menina.”,
dizem diversas meninas em depoimento ao filme. Porém, uma nova geração de
afegãs está enfrentando as barreiras de gênero e culturais, pedalando.
Segundo os produtores, “o
documentário acompanha um grupo diversificado e crescente de mulheres que estão
arriscando sua honra e vida para sentir a alegria e liberdade que a bicicleta
proporciona.” E no vídeo, uma especialista em cultura afegã reforça: “Isso
proporciona a elas mais independência e possibilidades de sair de casa e
trabalhar. Não à toa se trata de uma ideia tão controversa no Afeganistão. É um
desafio.”
De um clube rural de ciclismo ao
Time Nacional de Ciclismo, estas mulheres, através de um ato aparentemente
inocente, estão dando início a uma nova era em um país que lentamente se
desperta para as influências globais e inevitáveis mudanças culturais. “Elas
estão se arriscando e são muito corajosas por fazer isso”, acrescenta o único
homem entrevistado.
A diretora Sarah Menzies filmando
o Time Nacional (Foto: Claudia Lopez)
O filme ainda está em período de
captação de recursos para a finalização, mas deve ser lançado em 2016. Por
isso, o projeto “Afghan Cycles: Breaking Barriers on Two Wheels” foi inscrito
no site de financiamento coletivo KickStarter e pretende arrecadar o montante
de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 180 mil).
“Nós usamos uma expressão que
diz: ‘Se você se senta e eu me sento, outros irão se sentar. Se você se levanta
e eu me levanto, outros irão levantar também”, conclui uma das entrevistadas.
Fonte: Marie Claire
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