Vítima teria sido morta em porta
de motel de Aparecida de Goiânia (Foto: Reprodução/TJ-GO)
Uma garota de programa foi
agredida ontem dentro de uma boate. A vítima, de 26 anos, conta que levou
socos no rosto e teve fratura na perna direita. Por outra parte ontem aconteceu a audiência onde
o suposto serial killer Tiago Gomes da Rocha, vai ser julgado pelo homicídio da
garota de programa Taís Pereira de Almeida, de 20 anos.
Suposto serial killer matou
garota de programa em Goiás, diz promotor.
Vigilante ficou calado em audiência
sobre o homicídio, nesta segunda-feira. Ele é acusado de matar jovem em frente
a um motel, em março de 2014.
O suposto serial killer Tiago
Gomes da Rocha, de 27 anos, participou, na manhã desta segunda-feira (24), de
uma audiência sobre a morte de Tais Pereira de Almeida, de 20 anos, na 4ª Vara
Criminal de Aparecida de Goiânia. Para o promotor de Justiça Milton Marcolino
dos Santos Júnior, 'não existe nenhuma dúvida' de que o vigilante matou a
jovem.
O réu, no entanto, optou por se
manter em silêncio e não se pronunciou na sessão presidida pelo juiz Leonardo
Fleury Curado Dias.
O crime aconteceu no dia 10 março
de 2014, em frente a um motel de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana
de Goiânia. A vítima, segundo a polícia, era garota de programa e estava
sozinha na Avenida Nossa Senhora de Lourdes no momento em que foi assassinada.
Suposto serial killer é
denunciado por morte de prostituta em frente a motel
O promotor de Justiça Milton
Marcolino dos Santos Júnior, informou que o caso já havia sido arquivo pelo
delegado responsável, Rogério Moreira Bicalho Filho, por falta de provas.
No entanto, quando Tiago assumiu
ter cometido uma série de homicídios em Goiânia, o delegado pediu que fosse
realizado um exame de balística, que comprovou que a arma usada pelo acusado
era a mesma que matou Tais de Almeida.
“Não existe nenhuma dúvida de que
quem cometeu o homicídio foi o próprio Tiago. O exame é uma prova
extraordinária que comprova de forma inequívoca que o projétil retirado do
corpo vítima foi expelido pela arma que foi apreendida com o Tiago. Logo depois
que foi feito esse exame pericial, ele foi chamado para ser ouvido e falou que
não se lembrava”, afirmou o promotor.
Ainda segundo o promotor de
Justiça, não houve testemunhas que tenham presenciado o fato, portanto, nenhuma
foi convocada para a audiência. Tiago é acusado por homicídio duplamente
qualificado, sendo as qualificações motivo torpe e impossibilidade de defesa da
vítima. Este é o único homicídio do qual ele é acusado em Aparecida de Goiânia.
Defesa
A advogada do vigilante, Brunna
Moreno, alegou que ele passou por exames de sanidade mental realizado pela
Junta Médica do Estado de Goiás, que constatou que o acusado sofre de
transtorno de personalidade antissocial, ou seja, psicopatia. Com base neste
laudo, ela pediu uma medida de segurança para que Tiago seja levado a uma
instituição para ser tratado.
Segundo ela, o exame, contudo,
afirma que o acusado é capaz de cometer os crimes. “O laudo que deu atestou
psicopatia. Os psiquiatras afirmam que psicopatas são semi-imputáveis. Ele sabe
o que faz, mas, para ele, não é errado. Ainda assim, o laudo afirma que ele é
capaz, por isso, que a gente vai entra com recurso por causa da contradição que
há no laudo”, explicou a advogada.
A advogada também alegou que os
crimes cometidos pelo cliente não tinham motivo, portanto, o homicídio não
poderia ser qualificado por motivo torpe, apenas por impossibilitar a defesa da
vítima.
“Como alegado por todos os
delegados que passaram e pelo próprio Tiago, todos os crimes que ele cometeu foram
sem motivo, então, não seria por motivo torpe. Não tendo motivo, é homicídio
simples”, afirmou.
O juiz da 4ª Vara Criminal de
Aparecida de Goiânia, Leonardo Fleury Curado Dias, afirmou que os documentos do
caso serão analisados e, a partir dessa análise, irá determinar se o Tiago será
levado a júri popular ou não e também se homicídio será duplamente qualificado,
como indicou o Ministério Público Estadual, ou se será removida a qualificação
de motivo torpe, como requisitado pela defesa.
Garota de programa é agredida em
boate e caso vai parar na delegacia
Foto: Yala Sena
Uma garota de programa foi
agredida dentro da boate Beth Cuscuz, no bairro Ilhotas, e o caso vai parar na
Delegacia da Mulher do Centro. A vítima, de 26 anos, conta que levou socos no
rosto e teve fratura na perna direita. A jovem aponta o agressor como o
comerciante Ruan Prado. A vítima está revoltada e impossibilitada de andar.
A garota de programa de iniciais
E.F.S informou ao Cidadeverde.com que estava aguardando um táxi para sair com
um cliente quando foi provocada pelo comerciante que estava na boate com
amigos.
“Eu estava com uma taça de champagne esperando
um taxi para sair com um cliente e ele (o comerciante) estava próximo com os
amigos. Ele disse: ‘essa champagne que você está tomando aí de R$ 20,00’ e eu
disse: é de 20,00, mas você não pode pagar porque ela é bem cara aqui e você
não tem dinheiro”, disse a garota.
Segundo a vítima, o comerciante
não gostou da provocação e veio pra cima dela apertando um dos seus seios. Na
confusão, ela confirma que deu um tapa nele e ele reagiu lhe esmurrando. Na
briga, a garota diz que foi empurrada pelo agressor, caiu e fraturou a perna.
No meio do bate-boca outras garotas vieram para socorrer a vítima e um advogado
que estava na confusão foi ferido. O advogado levou seis pontos na cabeça,
segundo a denúncia.
A garota foi levada para o
hospital e ficará um mês de muleta, devido a dificuldades de andar.
A delegada Vilma Alves abriu
inquérito e disse que o comerciante vai responder pelo crime de agressão física
e moral.
“A versão da vítima é que foi
agredida, ele chegou a puxar seu peito e lógico ela reagiu. Eles tiveram luta
corporal e ela machucou o pé”, disse Vilma Alves.
Nega agressão
O comerciante Ruan Prado nega a
denúncia e diz que está sendo vítima de extorsão.
“Tenho provas e testemunhas que
ela me agrediu e só reagir. O que ela quer é dinheiro”, disse o jovem citado no
inquérito como agressor. Ele informou ao
Cidadeverde.com que sua profissão é comerciante.
Ele informou ainda que foi a
boate para deixar um amigo que visitava a cidade, mas garantiu que não
frequenta a boate. Segundo Ruan, a garota estaria drogada e que na briga, ele
foi ferido na boca.
Hoje, a delegada marcou audiência
e ouvirá os dois para encaminhar o inquérito à justiça.
Fonte G1 Globo e www.cidadeverde.com
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