Iniciativa surgiu após a
idealizadora se sentir intimidada na própria residência com a presença de um
prestador de serviço.
A mineira oferece serviços de
reparos e manutenção doméstica
Ana Luisa Monteiro, de 26 anos,
se sentiu ameaçada quando contratou o serviço de entrega de botijões de gás.
Sozinha, ela convidou o homem para entrar e fazer o trabalho e ficou insegura
quando ele perguntou: “Onde está aquele menino que mora aqui? Você está
sozinha?”. Foi aí que a editora de vídeos mudou de carreira e fundou uma
empresa de “marido de aluguel” feita por uma mulher, para o público feminino.
A mineira residente em São Paulo
criou, na semana passada, a ‘Mana’, uma empresa que oferece serviços de reparos
e manutenção doméstica. “Eu sempre quis ser autônoma e fazer algo voltado para
as mulheres. A experiência que vivi serviu como um incentivo para o projeto
sair do papel”, contou Ana Luisa ao Correio.
Morando sozinha desde 2010,
quando saiu da casa dos pais para fazer faculdade, Ana contou orgulhosa que a
segurança em prestar esse tipo serviços se deve ao fato de sempre ter feito os
reparos em casa com os ensinamentos do avô. “Onde eu moro, eu pintei, passei
massa corrida, lixei parede, instalei portas, prateleiras, antenas de
televisão, arrumei as tomadas, enfim, todas essas coisas pequenas que aparecem
no dia a dia”, detalhou a idealizadora do projeto.
Para divulgar e oferecer os
serviços, Ana compartilhou um panfleto com as informações em uma rede social e
criou uma página que, em menos de oito dias, já acumula quase duas mil
curtidas. “Dois dias depois da primeira publicação eu atendi a minha primeira
cliente com a troca de uma carrapeta para a torneira parar de pingar. Desde
então, todos os dias eu tenho feito algum trabalho” comemorou Ana, que
atualmente está pintando um apartamento.
A ideia está dando tão certo que
Ana Luisa pretende deixar em breve o trabalho de edição de vídeos para se
dedicar exclusivamente ao novo negócio. “Quero fazer cursos para aperfeiçoar as
minhas técnicas e ter um horário mais livre para atender as clientes e não
deixar ninguém na mão”, contou Ana. Ela pretende, ainda, criar uma rede de
partilha e troca de serviços entre mulheres, para possibilitar outras ideias
como a dela e formar parcerias em São Paulo e outros estados.
A brasiliense Denise Caixeta, de
22 anos, viu o perfil de Ana Luisa nas redes sociais e pediu ajuda para iniciar
o trabalho na capital. “Como eu já faço alguns serviços na minha casa, procurei
a Ana que se comprometeu a me ajudar na divulgação dos meus serviços e me
orientando como prosseguir”,vibrou Denise. A expectativa é de que na próxima
semana o trabalho já esteja disponível para as candangas.
Fonte: Correio Brasiliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário