terça-feira, 25 de agosto de 2015

Dossiê analisa a violência contra as mulheres e sua representação na mídia

Para ajudar as mulheres vítimas de agressões e auxiliar a imprensa na cobertura desse tipo de caso, foi lançado o dossiê digital Violência Contra as Mulheres. Elaborado pelo Instituto Patrícia Galvão, o documento quer aprofundar a discussão do tema e contribuir para mudar a cultura de agressão.


Com base nos dados que constam no dossiê, a reportagem de Vanessa Nakasato para o Seu Jornal, da TVT,  mostra que apenas em 2011 70 mil mulheres foram atendidas pelo SUS, vítimas de violência. Mais de 70% dos casos aconteceram dentro de casa.

O site traz estatísticas, análises e informações sobre todas as instituições públicas e privadas que lidam com a mulher agredida. “Trata de violência doméstica, violência sexual, violência cometida contra as mulheres lésbicas, trans, e traz pesquisas de todo tipo. Da área médica, pesquisas de opinião, pesquisas feitas pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que dão a dimensão da violência, no país”, diz Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão.


Segundo ela, desde a aprovação da Lei Maria da Penha, há oito anos, aumentaram as notícias sobre a violência contra a mulher, mas as reportagens não aprofundam o debate da agressão. “A imprensa tem deixado de tratar a questão dos serviços, a questão do porquê que essa violência acontece e, principalmente, quais são os direitos dessa mulher, como ela pode recorrer e como está a resposta do estado”, diz Jacira.

A ideia do dossiê é mostrar a história que a mídia não conta. Para a diretora do Instituto Patrícia Galvão, na cobertura dos casos de agressões contra as mulheres, falta mostrar que, na maioria dos casos, a mulher já recorreu à Justiça, com registro de boletins de ocorrência e medidas protetivas, por exemplo, mas segundo ela a resposta ainda está muito aquém do necessário.

O dossiê mostra também que o agressor está em todas as classes sociais, sem distinção. “Estamos falando quem é do porteiro ao engenheiro, do médico ao motorista de ônibus ou caminhão, de todas as idades. O que nós estamos dizendo é que a violência contra mulher é uma cultura masculina, que pensam, que dentro de casa, com a sua parceira íntima, ele pode tudo.”

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/

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