Para ajudar as mulheres vítimas
de agressões e auxiliar a imprensa na cobertura desse tipo de caso, foi lançado
o dossiê digital Violência Contra as Mulheres. Elaborado pelo Instituto
Patrícia Galvão, o documento quer aprofundar a discussão do tema e contribuir
para mudar a cultura de agressão.
Com base nos dados que constam no
dossiê, a reportagem de Vanessa Nakasato para o Seu Jornal, da TVT, mostra que apenas em 2011 70 mil mulheres
foram atendidas pelo SUS, vítimas de violência. Mais de 70% dos casos
aconteceram dentro de casa.
O site traz estatísticas,
análises e informações sobre todas as instituições públicas e privadas que
lidam com a mulher agredida. “Trata de violência doméstica, violência sexual,
violência cometida contra as mulheres lésbicas, trans, e traz pesquisas de todo
tipo. Da área médica, pesquisas de opinião, pesquisas feitas pelo Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que dão a dimensão da violência, no
país”, diz Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão.
Segundo ela, desde a aprovação da
Lei Maria da Penha, há oito anos, aumentaram as notícias sobre a violência
contra a mulher, mas as reportagens não aprofundam o debate da agressão. “A
imprensa tem deixado de tratar a questão dos serviços, a questão do porquê que
essa violência acontece e, principalmente, quais são os direitos dessa mulher,
como ela pode recorrer e como está a resposta do estado”, diz Jacira.
A ideia do dossiê é mostrar a
história que a mídia não conta. Para a diretora do Instituto Patrícia Galvão,
na cobertura dos casos de agressões contra as mulheres, falta mostrar que, na
maioria dos casos, a mulher já recorreu à Justiça, com registro de boletins de
ocorrência e medidas protetivas, por exemplo, mas segundo ela a resposta ainda
está muito aquém do necessário.
O dossiê mostra também que o
agressor está em todas as classes sociais, sem distinção. “Estamos falando quem
é do porteiro ao engenheiro, do médico ao motorista de ônibus ou caminhão, de
todas as idades. O que nós estamos dizendo é que a violência contra mulher é
uma cultura masculina, que pensam, que dentro de casa, com a sua parceira
íntima, ele pode tudo.”
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário