Uma menina, de apenas 10 anos,
deu à luz a um bebê na tarde desta terça-feira (14) em um hospital particular
de Belo Horizonte e contou a mãe ter sido abusada pelo ex-padrasto. O suspeito
confessou ter praticado o estupro e foi preso.
O crime só foi descoberto porque
a criança sentiu fortes dores no abdômen e sua mãe achou melhor levá-la ao
hospital. No local, a menina foi submetida a exames que comprovaram que ela
estava grávida há sete meses e precisava dar a luz naquele momento.
A menina foi submetida a um parto
normal. Ela e o bebê, que nasceu prematuro, precisaram ficar internados na
unidade de saúde.
Após o susto inicial, a mãe da
menina, de 10 anos, questionou a filha sobre quem teria praticado o crime. A
menor resistiu, mas denunciou o ex-padrasto.
A mulher decidiu acionar a
Polícia Militar (PM) e contar a história. Segundo a corporação, a mulher
explicou que, a partir de outubro do ano passado, sua filha começou a reclamar
da escola e a querer parar de estudar.
Para tentar estimular novamente o
interesse da filha para os estudos, a mulher decidiu deixar a garota morar com
o avô paterno no início deste ano. Porém, há alguns meses a criança voltou a
morar com ela e o padrasto.
A mulher relatou ainda que,
quando a menina retornou, o companheiro decidiu sair da casa em que a família
morava em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito foi
viver em Sabará, mas não quis dizer o porque estava se separando.
Em depoimento, a menina disse que
o padrasto abusou poucas vezes dela, mas nunca deixou ela contar para ninguém.
O criminoso dizia que, se ela contasse, ele iria matar a mãe e o irmão dela. A
mulher ainda alegou ter reparado que o abdômen da filha estava maior, mas a
criança se recusava a deixar a mãe tocar nela.
Após os relatos, militares do 61º
Batalhão foram até a casa em que o suspeito estava vivendo na cidade de Sabará,
também na Grande BH. No local, a polícia localizou quatro armas de fogo sem
licença e grande quantidade de munição.
O suspeito confessou os abusos,
mas disse não se lembrar de quantas vezes aconteceram. Ele ainda alegou que a
criança procurava por ele para praticar o ato. O suspeito identificado como
J.R.O, de 40 anos, deverá responder por estupro de vulnerável e por porte
ilegal de arma de fogo.
Fonte: O Tempo
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