Parede mofada onde estavam
coladas regras de casa de prostitição do DF (Foto: Mara Puljiz/TV Globo)
Papéis em parede traziam regras e
previam multa; havia duas adolescentes.Dono de bares e suspeito de gerenciar
local, idoso de 89 anos foi preso.
A Polícia Civil do Distrito
Federal fechou três bares na noite desta sexta-feira (19) que funcionavam como
"atrativo" para uma casa de prostituição na QNN 4 de Ceilândia. Os
gerentes de cada um e o dono deles – um idoso de 89 anos – foram presos.
Mulheres encontradas pelos agentes no local prestaram depoimento na delegacia.
Quando chegava um interessado, ele pagava o
valor do programa para o bar, e a menina subia para o quarto, mas ela só
recebia ao final do dia ou no dia que ia embora para sua cidade. Quem fazia
mais programa, ganhava mais. O dono sempre ganhando uma parte".
Os três bares funcionavam no
térreo de um mesmo prédio. No primeiro andar ficavam os quartos onde ocorriam
os programas. Eles eram fechados com grades e cadeados para, segundo a
investigação, impedir que clientes não saíssem sem pagar.
Policiais encontraram vários
preservativos no local, além de papéis pregados nas paredes com as regras de
utilização de roupas, toalhas e cobertores. Um deles dizia ser proibido lavar
roupas no quarto, sob pena de multa de R$ 20. "Só pode lavar
calcinha", afirmava outro.
A movimentação dos clientes e das
mulheres era registrada por câmeras. “Eles usavam as meninas para ganhar
dinheiro. Elas moravam na parte de cima e ali ficou bem caracterizado como casa
de prostituição. Instalaram bares na parte de baixo do prédio para atrair
clientes”, disse o delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia, Johnson Kennedy
Monteiro.
Os agentes ainda encontraram
cadernos com a contabilidade dos serviços. “Quando chegava um interessado, ele
pagava o valor do programa para o bar, e a menina subia para o quarto, mas ela
só recebia ao final do dia ou no dia que ia embora para sua cidade. Quem fazia
mais programa, ganhava mais. O dono sempre ganhando uma parte”, explicou.
Mulheres achadas pela Polícia
Civil em casa de prositituição no DF (Foto: Mara Puljiz/TV Globo)
Entre as mulheres levadas para
prestar depoimento na delegacia estavam duas adolescentes de 16 e 17 anos,
recém-chegadas de Goiânia. As jovens ficaram à disposição do Conselho Tutelar.
“Se elas passarem os dados,
telefones, a gente liga, fala o que estava acontecendo, para ver se os próprios
familiares podem vir buscá-las. Os conselheiros vão tomar a decisão se elas vão
ser institucionalizadas [acolhidas] ou se vão ser entregues para a família”,
disse a conselheira tutelar Eliane Ribeiro.
Os presos estão na carceragem do
Departamento de Polícia Especializada. O Código Penal prevê entre 2 e 5 anos de
prisão por exploração da prostituição. A operação foi batizada de Luz Vermelha.
Cadeado e grade de quarto em casa
de prostituição no DF (Foto: Mara Puljiz/TV Globo)
Fonte: G1 Globo
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