Temos visto explodir Brasil afora
a discussão sobre a possibilidade de se incluir a perspectiva de gênero na
educação (escrevi recentemente sobre o PME de São Paulo). Os argumentos
contrários à implementação desses elementos na formação de docentes são
extremamente simplistas e levianos: “gênero” anularia “identidades” de meninos
e meninas e passaria “por cima” dos valores familiares. Nada pode ser mais
falso.
Por Maíra Kubík Mano
Reproduzo abaixo um manifesto de
grupos em defesa da igualdade de gênero na educação. Como diz o texto, “falar
em uma educação que promova a igualdade de gênero não significa anular as
diferenças percebidas entre as pessoas (o que tem sido amplamente distorcido no
debate público), mas garantir um espaço democrático onde tais diferenças não se
desdobrem em desigualdades”.
A desigualdade de gênero existe,
minha gente. E ela se materializa em nosso cotidiano. Ou as mulheres não são as
principais responsáveis por limpar as casas e são assassinadas principalmente
por maridos, ex e atuais? E os gays não vivem com medo de demonstrarem seu
afeto nas ruas? E não temos casos e mais casos de execução de trans?
Não discutir e não perceber as
relações de gênero nos corredores escolares, que são um microcosmos da nossa
sociedade, é sermos coniventes com a manutenção dessa violência. E sim, essa
também é a violência que atira a pedra na menina candomblecista. Trata-se da
mesma intolerância com o/a/x outrx. São algumas pessoas que querem impedir que
outrxs tenham suas crenças e individualidades, e não quem estuda gênero e
diversidades.
Manifesto pela igualdade de gênero na educação: por uma escola
democrática, inclusiva e sem censuras
Enquanto grupos de pesquisas,
instituições científicas e de promoção de direitos civis, as instituições
abaixo assinadas vêm a público manifestar repúdio à forma deliberadamente
distorcida que o conceito de gênero tem sido tratado nas discussões públicas e
denunciar a tentativa de grupos conservadores de instaurar um pânico social,
banir a noção de “igualdade de gênero” do debate educacional e reificar as
desigualdades e violências sofridas por homens e mulheres no espaço escolar.
Signatário dos principais
documentos internacionais de promoção da igualdade (como a Convenção Para
Eliminar Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher – CEDAW; o Pacto
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e da Campanha pela
igualdade e direitos de população LGBT da ONU), o Brasil acompanhou a
institucionalização dos estudos de gênero enquanto um profícuo campo científico
nas últimas décadas e conta hoje com centros de pesquisas interdisciplinares
reconhecidos internacionalmente. As discussões de gênero ganharam legitimidade
científica nas maiores universidades brasileiras a partir dos anos 1970 e,
desde então, têm norteado políticas públicas para garantia de igualdades
constitucionais.
Ao contrário de “ideologias” ou
“doutrinas” sustentadas pela fundamentação de crenças ou fé, o conceito de
gênero está baseado em parâmetros científicos de produção de saberes sobre o
mundo. Gênero, enquanto um conceito, identifica processos históricos e
culturais que classificam e posicionam as pessoas a partir de uma relação sobre
o que é entendido como feminino e masculino. É um operador que cria sentido
para as diferenças percebidas em nossos corpos e articula pessoas, emoções,
práticas e coisas dentro de uma estrutura de poder. E é, nesse sentido, que o
conceito de gênero tem sido historicamente útil para que muitas pesquisas
consigam identificar mecanismos de reprodução de desigualdades no contexto
escolar.
Embora a Constituição Federal
Brasileira de 1988 garanta, em seu Artigo 6º, que a Educação é um direito
irrevogável de todas e todos e assegure a igualdade de condições para acesso e
permanência escolar, pesquisas mostram que esse direito é constantemente
violado a partir das estruturas hierárquicas de gênero. Um exemplo de como a
desigualdade de gênero se correlaciona com a educação tem sido visto em pesquisas
que identificam o “fracasso” e as altas taxas de evasão escolar dos meninos
como consequência dos referenciais de masculinidades difundidos socialmente.
Uma identidade masculina baseada na agressividade e na indisciplina tem cada
vez mais afastado os meninos dos bancos escolares (37,9% deles segundo dados do
IBGE em 2011), negando-lhes seu direito à educação e reproduzindo uma cultura
da violência. Professoras são vítimas de agressões em sala de aula, meninas são
estupradas por seus colegas de turma e meninos são afastados das escolas neste
ciclo de desigualdade perpetuado por noções hierarquizadas do que é ser homem
ou mulher. Também são notáveis, por outro lado, as pesquisas que mostram o
quanto a discriminação de gênero contra as pessoas que fogem dos padrões
socialmente estabelecidos de identidade ou sexualidade tem desencadeado
processos institucionalizados de discriminação, agressões e exclusão escolar:
as violências contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis, mulheres
transexuais e homens trans excluem essa população do direito constitucional à
educação e contribuem para as estatísticas que fazem do Brasil um dos países
mais inseguros para pessoas LGBT (conforme demonstra o relatório do Grupo Gay
da Bahia de 2012 e o relatório de violência homofóbica da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República).
Quando se reivindica, então, a
noção de “igualdade de gênero” na educação, a demanda é por um sistema escolar
inclusivo, que crie ações específicas de combate às discriminações e que não
contribua para a reprodução das desigualdades que persistem em nossa sociedade.
Falar em uma educação que promova a igualdade de gênero, entretanto, não
significa anular as diferenças percebidas entre as pessoas (o que tem sido
amplamente distorcido no debate público), mas garantir um espaço democrático
onde tais diferenças não se desdobrem em desigualdades. Exigimos que o direito
à educação seja garantido a qualquer cidadã ou cidadão brasileira/o e, para
isso, políticas de combate às desigualdades de gênero precisam ser
implementadas.
Além disso, é preciso ainda
ressaltar que, acima das negociações legislativas locais, a Constituição
Nacional Brasileira de 1988 estabelece também que “é livre a expressão da
atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença” e o ensino deve estar baseado no
princípio de liberdade de divulgação do pensamento e do pluralismo de ideias.
Assim, não cabe às esferas locais de decisão realizar ocultamentos, censuras ou
proibições de discussões reconhecidas no campo científico e, muito menos, a
imposição de uma visão de mundo delimitadora nos currículos escolares. Em
defesa do pluralismo de saberes e do reconhecimento do campo científico
nacional e internacional, defendemos que é um direito fundamental das/os
estudantes brasileiras/os o acesso aos conhecimentos e pesquisas produzidos
pelos estudos interdisciplinares sobre o conceito de gênero. Nossa defesa é por
uma educação democrática, inclusiva e, também, que repudie qualquer forma de
censura.
Assinam:
ABA – Associação Brasileira de
Antropologia
ABEH Associação Brasileira de
Estudos da Homocultura
ABGLT – Associação Brasileira de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
CEM – Centro de Estudos da
Metrópole – USP e CEBRAP/São Paulo
Centro Acadêmico de Serviço
Social – UNIOESTE/Paraná
Centro de Educação em Direitos
Humanos – UNIFESP/São Paulo
CLAM – Centro Latino-Americano em
Sexualidade e Direitos Humanos – UERJ/ Rio de Janeiro
Colegiado do Curso de Ciências
Sociais da UNIOESTE – Campus de Toledo/ Paraná
Coletivo ASA – Artes, Saberes e
Antropologia – USP/São Paulo
Coletivo Feminista Filhas da Luta
– UNIPAMPA/ Rio Grande do Sul
Comissão da Diversidade Sexual e
Combate a Homofobia da OAB/ São Paulo
Comissão de Direitos Humanos do
Conselho Federal de Psicologia
Comissão de Diversidade Sexual da
OAB/ Paraná
Comissão de Estudos sobre
Violência de Gênero da OAB/ Paraná
Comissão Regional de Direitos
Humanos do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro/ Rio de Janeiro
COMTER – Núcleo de estudos sobre
memória e conflitos territoriais – UFC / Ceará
Conselho Regional de Psicologia
da 3ª Região Bahia
Curso Técnico em segurança do
Trabalho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais
– IFMG (Unidade Remota, Ijací) / Minas Gerais
CUS – Grupo de Pesquisa em
Cultura e Sexualidade – UFBA/ Bahia
Demodê – Grupo de Pesquisas sobre
Democracia e Desigualdades UnB/ Distrito Federal
Diversiones – Direitos humanos,
poder e cultura em gênero e sexualidade – UFPE/ Pernambuco
Edges – Grupo de Estudos de
Gênero, Educação e Cultura Sexual – USP/ São Paulo
Enlace – UNEB/Bahia
FAGES – Núcleo de Família Gênero
e Sexualidade – UFPE/ Pernambuco
Focus – Grupo de Pesquisa sobre
Educação, Instituições e Desigualdades – UNICAMP/São Paulo
GADvS – Grupo de Advogados pela
Diversidade Sexual e de Gênero
GEERGE – Grupo de Estudos em
Educação e Relações de Gênero – UFRGS/ Rio Grande do Sul
GEM – Centro de Estudos e
Pesquisas sobre mulheres, gênero, saúde e enfermagem – UFBA
GEMA – Núcleo de Pesquisa em
Gênero e Masculinidade – UFPE/ Pernambuco
Gênero, Corporalidades, Direitos
Humanos e Políticas Públicas – UEL/ Paraná
Geni – Grupo de Estudos em
Gênero, Sexualidade e Interseccionalidades – UERJ/ Rio de Janeiro
GEPEM – Grupo de Estudos e
Pesquisas “Eneida de Moraes” – UFPA/ Pará
GEPS – Grupo de Estudos e
Pesquisas sobre Sexualidades – UNESP/ São Paulo
GEPSEX – Grupo de Estudos e
Pesquisas em Sexualidades, Educação e Gênero da UFMS/Mato Grosso do Sul
GERA – Núcleo de Estudos e
Pesquisas sobre Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais – UFPA/ Pará
GESECS -Grupo de Estudos e
Pesquisas em Gênero, Sexualidades e Interseccionalidades – UFAM/ Amazonas
GESED – Grupo de estudos e
pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade – UFJF/Minas Gerais
GETEPOL – Grupo Estudos em Teoria
Política – UEL/Paraná
GIV – Grupo de Incentivo à Vida/
São Paulo
GPLutas – Grupo de Pesquisa
Marxismo, Direito e Lutas Sociais – UFPB/ Paraíba
GRUPESC -Grupo de Pesquisa Saúde,
Sociedade e Cultura – UFPB/ Paraíba
Grupo Arco-Iris de Cidadania
LGBT/Rio de Janeiro
Grupo de estudos “Campo
educacional e o estudo das categorias interseccionais” / Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Direitos Humanos , Bioética e Educação – UFF/ Rio de Janeiro
Grupo de Estudos e Pesquisa :
Avaliação e Intervenção Psicossocial – prevenção, comunidade e libertação –
PUC-Campinas/São Paulo
Grupo de Estudos e Pesquisa em
Gênero e Sexualidades – UESB/ Bahia
Grupo de Estudos em Saúde
Coletiva, Educação e Relações de Gênero -EACH -USP/ São Paulo
Grupo de Estudos Gênero, Direitos
Humanos, Raça/Etnia – Fundação Carlos Chagas
Grupo de pesquisa “Legado
intelectual e produção literária de autoria feminina na América Latina” –
UEL/Paraná
Grupo de Pesquisa (R)existências
e metaquestões dos marcadores de diferença – UEL/Paraná
Grupo de pesquisa Cidade, Aldeia
e Patrimônio – UFPA / Pará
Grupo de Pesquisa e Intervenção
Violência e gênero nas práticas de saúde – FMUSP/ São Paulo
Grupo de Pesquisa em Sexualidade,
Entretenimento e Corpo – UFSCar/ São Paulo
Grupo de Pesquisa Fundamentos do
Serviço Social: Trabalho e “Questão Social” – UNIOESTE/ Paraná
Grupo de pesquisa- Gênero,
Políticas Públicas Família – UEL/ Paraná
Grupo de Pesquisa Saúde, Sexualidade
e Direitos Humanos da População LGBT – FCMSCSP/ São Paulo
Grupo de Pesquisa Sexualidade e
Escola – GESE-FURG / Rio Grande do Sul
Grupo de Pesquisa Representação,
Imaginário e Educação – UFF/ Rio de Janeiro
Grupo de Pesquisas “Trilhas do
empoderamento de Mulheres” / NEIM – Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre
a mulher – UFBA/ Bahia
Grupo de Trabalho Gênero,
Sexualidade e Educação – Anped/ Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa
em Educação
Grupo Humanidades e Saúde
Coletiva – FMUSP/ São Paulo
Grupo Transas do Corpo – Ações
Educativas em Gênero, Saúde e Sexualidade
ILADH – Instituto Latino
Americano de Direitos Humanos
Impróprias – Grupo de pesquisa em
gênero, sexualidade e diferenças – UFMS/ Mato Grosso do Sul
Instituto de Estudos de Gênero –
UFSC/ Santa Catarina
Instituto Patrícia Galvão-Mídia e
Direitos / São Paulo
LABIN – Laboratório de
Investigação em Corpo, Gênero e Subjetividade na Educação – UFPR/ Paraná
Laboratório de Estudos de
História – UFSC/ Santa Catarina
Laboratório de Experimentações
Etnográficas – UFSCar/ São Paulo
Laboratório de Relações de Gênero
e Família do Centro de Ciências Humanas e da Educação – UDESC/ Santa Catarina
Laboratório do Núcleo de
Antropologia Urbana – USP/ São Paulo
Laboratório Genposs – Gênero,
Serviços Sociais, e Política Social – UnB / Distrito Federal
Laboratório Interdisciplinar de
Ciências Humanas, Sociais e Saúde – Unifesp/ São Paulo
LAPEE – Laboratório de Psicologia
Escolar e Educacional – UFSC/ Santa Catarina
LAPPEL – Laboratório de pesquisa
em psicanálise, epistemologia e linguagem – UFMS/ Mato Grosso do Sul
LEFAM – Laboratório de Estudos da
Família, Relações de Gênero e Sexualidade – USP/ São Paulo
LIDIS – Laboratório Integrado em
Diversidade Sexual e de Gênero, Políticas e Direitos da UERJ
Mandacaru – Núcleo de Pesquisas
em Gênero, Saúde e Direitos Humanos – UFAL/ Alagoas
Movimento “Jesus cura a
homofobia”
NaMargem – Núcleo de Pesquisas
Urbanas – UFSCar/São Paulo
NEIM – Núcleo de Estudos
Interdisciplinares sobre a Mulher – UFBA/ Bahia
NEPAIDS – Núcleo de Estudos para
a Prevenção da AIDS – USP/ São Paulo
NEPJI – Núcleo de estudos e
pesquisas sobre Juventude, Cultura, Identidade e Cidadania – UCSal/ Bahia
NEPTA – Núcleo de Estudos de
Políticas Territoriais na Amazônia -UFAM/ Amazonas
NIGS – Núcleo de Gênero e
Subjetividade – UFSC/ Santa Catarina
Nós do Sul: Laboratório de
Estudos e Pesquisas Sobre Currículo – FURG/ Rio Grande do Sul
Núcleo de Direitos Humanos e
Cidadania LGBT – UFMG/ Minas Gerais
Núcleo de Estudos Críticos em Subjetividades
Contemporâneas e Direitos Humanos – UFRN/ Rio Grande do Norte
Núcleo de Estudos de Gênero –
UFPR/ Paraná
Núcleo de Estudos de Sexualidade
e Gênero – UFRJ/ Rio de Janeiro
Núcleo de Estudos Heleieth
Saffioti – UNIFESP/ São Paulo
Núcleo de Estudos, Pesquisas e
Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos – UFT/ Tocantins
Núcleo de Pesquisa Gênero Corpo
Sexualidade – UFRN/ Rio Grande do Norte
Núcleo de Promoção e Defesa dos
Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado de São Paulo
Núcleo Especializado de Combate à
Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria Pública do Estado de São
Paulo
Núcleo Margens: modos de vida,
família e relações de gênero – UFSC/ Santa Catarina
NUDISEX – Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Diversidade Sexual – UEM/Paraná
NUMAS – Núcleo de Estudos sobre
Marcadores Sociais da Diferença da USP/São Paulo
NUPSEX – Núcleo de Pesquisa em
Sexualidade e Relações de Gênero – UFRGS/ Rio Grande do Sul
NuSEX – Núcleo de estudos em
Corpos, Gênero e Sexualidades – Museu Nacional/ Rio de Janeiro
NUSS – Núcleo de Pesquisas sobre
Sexualidade, Gênero e Subjetividade – UFC/ Ceará
Observatório da Violência de
Gênero no Amazonas – UfAM/ Amazonas
OPEM – Grupo de Pesquisa Observatório
de Pesquisas e Estudos Multidisciplinares – UEPB/ Paraíba
Pagu – Núcleo de Estudos de
Gênero – Unicamp/ São Paulo
PROGED – Programa de Educação
para a Diversidade – UFOP/Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em
Serviço Social – ONIOESTE (Campus de Toledo)/ Paraná
Quereres – Núcleo de Pesquisa em
Diferenças, Gênero e Sexualidade – UFSCar/ São Paulo
RIZOMA – UEFS/ Bahia
RUMA – Grupo População, família e
migração na Amazônia – UFPA/Pará
Ser-Tão, Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Gênero e Sexualidade – UFG/ Goiás
SEXGEN – Grupo de Pesquisa Corpo,
Gênero e Sexualidade – UFPA/ Pará
Sociedade Brasileira de
Sociologia
Tirésias – Núcleo
Interdisciplinar de Estudos em Diversidade Sexual, Gênero e Direitos Humanos –
UFRN/ Rio Grande do Norte
VIOLAR – Laboratório de Estudos
sobre Violência, Cultura e Juventude da Unicamp/ São Paulo
Fonte: Carta Capital
SOBRE A AUTORA
Maíra Kubík Mano é doutora em
Ciências Sociais pela Unicamp e professora do Bacharelado em Estudos de Gênero
e Diversidade, do departamento de Ciência Política, da Universidade Federal da
Bahia (UFBA). Jornalista, foi editora da versão brasileira do Le Monde
Diplomatique e da revista Sem Terra e editora-assistente da revista História
Viva. Não passa um dia sem chá mate.
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