quinta-feira, 13 de junho de 2013

A relação da exploração sexual com o desaparecimento de crianças e adolescentes

A exploração sexual e o abuso são motivos de grande relevância para o desaparecimento de crianças e adolescentes, tornando ainda mais crítica a situação das vítimas destes crimes. 

A observação foi feita pelo deputado Aldacir Oliboni (PT), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas Desaparecidas, durante audiência pública sobre a Exploração Sexual Infanto Juvenil e as Políticas Públicas Estadual e Federal, na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, na manhã da passada quarta-feira (12).
"Diversos casos de desaparecimento de crianças e adolescentes, e também de mulheres, são ocasionados, na verdade, para fins de exploração sexual destas vítimas. A questão da violência doméstica, que compreende também o abuso, leva à fuga dos lares e, por fim, ao desaparecimento", destacou Oliboni.

Oliboni alerta para o fato de que a questão será ainda mais premente em períodos de mega eventos como no caso da Copa 2014. Para tanto, o parlamentar reforçou a sugestão de que a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos publique uma cartilha relacionada ao tema, com foco na prevenção e também o acesso à rede de proteção e denúncia dos crimes.

Conforme levantamento da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas Desaparecidas junto a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, atualmente, constam registros de 3.085 gaúchos estão desaparecidos (considerando-se o acumulado de anos anteriores). Deste total, mais da metade (55%), é de meninos e meninas de 12 a 17 anos. No primeiro quadrimestre de 2013, continuavam com paradeiro desconhecido, pelo menos 79 crianças com até 12 anos de idade.

A audiência foi requerida e coordenada pelo deputado Jeferson Fernandes (PT). Participaram a representante da Secretaria de Segurança Pública RS e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Alexia Meurer; o presidente da Associação dos Conselhos Tutelares do Rio Grande do Sul (Aconturs), Rodrigo Farias dos Reis; a Brigada Militar; a representante da Fundação de Proteção do Estado (FPE), Maria Guaneci Ávila; a representante do Movimento pelo Fim da Violência e Exploração sexual de Crianças e Adolescentes, Mariza Alberton; e representações da  Secretaria Estadual da Saúde, Coletivo Feminino Plural, Força Sindical, Conselho Regional de Psicologia, Fepergs e Instituto Recriar, entre outros.


Fonte: (Ana Júlia Tiellet) www.al-rs.jusbrasil.com.br

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