A exploração sexual e o abuso são motivos de grande
relevância para o desaparecimento de crianças e adolescentes, tornando ainda
mais crítica a situação das vítimas destes crimes.
A observação foi feita pelo
deputado Aldacir Oliboni (PT), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das
Pessoas Desaparecidas, durante audiência pública sobre a Exploração Sexual
Infanto Juvenil e as Políticas Públicas Estadual e Federal, na Comissão de
Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, na manhã da passada quarta-feira (12).
"Diversos casos de desaparecimento de crianças e
adolescentes, e também de mulheres, são ocasionados, na verdade, para fins de
exploração sexual destas vítimas. A questão da violência doméstica, que
compreende também o abuso, leva à fuga dos lares e, por fim, ao
desaparecimento", destacou Oliboni.
Oliboni alerta para o fato de que a questão será ainda mais
premente em períodos de mega eventos como no caso da Copa 2014. Para tanto, o
parlamentar reforçou a sugestão de que a Comissão de Cidadania e Direitos
Humanos publique uma cartilha relacionada ao tema, com foco na prevenção e
também o acesso à rede de proteção e denúncia dos crimes.
Conforme levantamento da Frente Parlamentar em Defesa das
Pessoas Desaparecidas junto a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, atualmente,
constam registros de 3.085 gaúchos estão desaparecidos (considerando-se o
acumulado de anos anteriores). Deste total, mais da metade (55%), é de meninos
e meninas de 12 a 17 anos. No primeiro quadrimestre de 2013, continuavam com
paradeiro desconhecido, pelo menos 79 crianças com até 12 anos de idade.
A audiência foi requerida e coordenada pelo deputado
Jeferson Fernandes (PT). Participaram a representante da Secretaria de
Segurança Pública RS e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas, Alexia Meurer; o presidente da Associação dos Conselhos Tutelares do
Rio Grande do Sul (Aconturs), Rodrigo Farias dos Reis; a Brigada Militar; a
representante da Fundação de Proteção do Estado (FPE), Maria Guaneci Ávila; a
representante do Movimento pelo Fim da Violência e Exploração sexual de
Crianças e Adolescentes, Mariza Alberton; e representações da Secretaria Estadual da Saúde, Coletivo Feminino Plural,
Força Sindical, Conselho Regional de Psicologia, Fepergs e Instituto Recriar, entre
outros.
Fonte: (Ana Júlia Tiellet) www.al-rs.jusbrasil.com.br
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