Batizada de "Elefante no
Vale", nova pesquisa detalha experiências de assédio sexual e moral em
empresas do Vale do Silício.
A indústria de tecnologia não tem
uma boa reputação quando o assunto é igualdade de gênero ou tratamento a
mulheres. Pois uma pesquisa recém-divulgada endossa a má fama em questão.
Batizada de "Elefante no Vale", o estudo detalha experiências de
assédio sexual e moral, exclusão e tem como foco empresas do Vale do Silício.
Segundo suas co-autoras Trae
Vassallo, investidora e ex-sócia da empresa de capital de risco Kleiner,
Perkins, Caufield & Byers (KPCB) e a consultora de mídia, Michele Madansky,
o estudo foi inspirado pelo julgamento de Ellen Pao contra a KPCB, empresa por
onde trabalhou por sete anos.
Pao reivindicava que a companhia
a discriminou pelo fato de ela ser mulher, negando promoções, excluindo de
eventos e pedindo que ela se sentasse ao fundo em reuniões. Ela, que chegou a
ser CEO do Reddit, perdeu o caso.
“Elefantes são aquelas mulheres
que enfrentam uma série de preconceitos conscientes e inconscientes no local de
trabalho, e queríamos obter os dados sobre as experiências que as mulheres
enfrentam em público para uma conversa”, explica Trae Vassalo, ao Re/Code,
sobre o título do relatório.
A pesquisa ouviu mais de 200 mulheres
com carreiras que beiravam dez anos de experiência. Mais de 70% delas estão
acima de 40 anos e 75% delas têm filhos.
Algumas das mulheres que
responderam o estudo trabalham atualmente para empresas como Google, Apple,
assim como startups. Tais profissionais estão em altas posições, com um quarto
dela sendo executivas sênior e 11 sendo fundadoras de companhias.
Separamos alguns dos resultados
extraídos da pesquisa, você pode ter acesso a ela na íntegra nesse link .
• A 84% das mulheres foi dito que
elas agiam de forma muito “agressiva”
• 88% tinham clientes e colegas
que direcionaram perguntas aos colegas homens quando deveriam ser direcionadas
a elas
• 66% das mulheres foram
excluídas de oportunidades sociais e de networking por conta de seu gênero
• 60% reportaram abordagens de
cunho sexual não desejadas, dois terços delas vindo de superiores
• 39% das que foram assediadas
não fizeram nada por medo de retaliação
•47% das entrevistadas disseram
que já lhe foram direcionados pedidos que estavam abaixo de seus papéis, como
tomar notas ou pedir comida, algo que não era pedido ou esperado de seus
colegas homens
• 75% das mulheres foram
perguntadas sobre vida familiar, crianças e status de relacionamento durante
entrevistas
A pesquisa “Elefante no Vale”
também abre espaço para mulheres compartilharem suas histórias através do site.
A autoria delas permanecerá anônima.
Fonte: http://computerworld.com.br/
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