Os organizadores da visita do papa Francisco ao Rio, no fim
de julho, pretendem incluir em sua agenda compromissos que expressem a
preocupação do líder da Igreja Católica com os excluídos.
Durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que o
trará ao país, o papa deverá visitar viciados em crack em hospital para
dependentes químicos e favela num dos bolsões de pobreza próximos à avenida
Brasil, na zona norte.
Na terça, o italiano Alberto Gasbarri, executivo responsável
pelas viagens do papa, desembarca no Rio para definir a agenda de Francisco.
Três comunidades da zona norte são avaliadas: Mandela de
Pedra, em Manguinhos, a vizinha Jacarezinho, ambas ocupadas pela polícia, e o
Morro do Juramento, reduto do tráfico de drogas. Apenas uma deve ser escolhida.
A favela do Vidigal, na zona sul, é cotada por já ter
recebido o papa João Paulo II.
Outra provável escala é o hospital São Francisco, na zona
norte, onde o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, coordena a criação de
unidade para atender viciados. A meta é inaugurá-la em junho.
A instituição é comandada pelos frades da Associação Lar São
Francisco de Assis na Providência de Deus. Uma frase é repetida entre os
defensores da visita: "O hospital de Francisco dirigido pela associação de
Francisco merece receber o papa Francisco".
A Folha apurou que o roteiro a ser apresentado a Gasbarri
inclui a igreja da Penha, a estátua do Cristo Redentor e o Palácio Guanabara,
possível local do encontro do papa com a presidente Dilma Rousseff.
O italiano vai reavaliar também lugares vistos em inspeção
no fim do ano passado, como a Catedral Metropolitana e a residência da
Arquidiocese do Rio no Sumaré, zona norte, onde possivelmente o papa se
hospedará.
Está prevista ainda uma viagem de helicóptero para o
emissário italiano vistoriar o santuário de Aparecida (SP), que o papa deseja
visitar.
Após atentado nos EUA, PF deve mudar esquema
Desde as explosões em Boston, representantes da Polícia
Federal discutem mudanças no esquema de segurança para a visita do papa.
A principal alteração é o aumento do número de agentes.
Outra medida é a inclusão de policiais à paisana e uma especial atenção a
pessoas com mochila abrindo caminho na multidão.
Fonte: Folha de São Paulo
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