Desde a última quarta-feira, circula na internet uma lista
com 301 nomes e telefones de mulheres de 12 Estados e do Distrito Federal. No
título, elas são definidas como “piranhas”, profissionais do sexo, separadas em
normais e de luxo e com preços distintos de programas.
Após a divulgação nas redes sociais, as mensagens e as
ligações para elas – pelo menos duas estudantes e uma nutricionista – não
param.
Entre elas, oito moram em Brasília. Uma delas, de 19 anos,
diz que o telefone chega a travar tantas são as mensagens que chegam no
Whatsapp. “Tive que excluir o aplicativo”, conta. “Mesmo assim, mandam mensagem
e ligam.” A garota afirma que a lista começou em janeiro e que ela e as outras
sete acham que foi um conhecido em comum delas. “Começou como uma brincadeira,
as mais bonitas de Brasília e todo lugar, e agora virou isso de prostituição”,
reclama.
Após mais de 500 mensagens de Whatsapp e 60 ligações,
algumas agressivas – “um morador de Teresina (PI) me ligou, eu neguei que era
prostituta e ele ficou enfurecido. Disse que eu o estava enganando”, recorda -,
ela e uma amiga, também presente na lista, decidiram ir à polícia. Na Delegacia
Especial de Atendimento à Mulher (Deam), tentaram registrar um Boletim de
Ocorrência, mas os policiais afirmaram que elas precisavam encontrar um site
com a lista ou mudar de chip, pois eles não poderiam fazer nada sobre o
Whatsapp. “Acho um absurdo eu ter de mudar algo meu, já que a culpa não é
minha”, disse a amiga.
A dupla relata que, na Deam, os policiais afirmaram ter
cerca de 15 denúncias do mesmo tipo. Embora a Divisão de Comunicação da Polícia
Civil (Divicom) não tenha um número exato de ocorrências, informou, por meio de
nota, um registro na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). A denunciante
tem 21anos e faz as mesmas reclamações das ouvidas pela reportagem. Segundo a
Divicom, “a ocorrência foi devidamente registrada e está em apuração na Seção
de Investigação da unidade policial”.
Fonte: Correio Braziliense
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