A violência doméstica existe em muitos lares brasileiros,
mas será que dá para prevenir? Homens que agridem as mulheres seguem um ciclo
de violência, composto por três fases:
- Na primeira, surgem as agressões verbais, xingamentos,
crises de ciúmes e destruição de objetos;
- Depois vem a explosão da violência, quando a tensão entre
o casal atinge o ponto máximo e acontecem os ataques físicos;
- Na terceira fase, o agressor demonstra arrependimento e
medo de perder a companheira. Ele tenta fazer de tudo para agradar a vítima,
que muitas vezes, acaba fazendo as pazes, acreditando que as agressões não vão
se repetir.
Isso aconteceu com uma manicure, que não quis se
identificar. “Sempre achava que não ia ter outra vez, que ele não ia chegar a
esse ponto”, conta. Em três meses de relacionamento, ela apanhou quatro vezes.
“Com socos, pontapés, tapa”. A última surra foi a mais agressiva. “Ele me
agrediu com uma barra de ferro e abriu minha cabeça.”
O crescimento no número de mulheres que denunciam a
violência está ligado a uma mudança de comportamento. Mais brasileiras estão
procurando a polícia quando começam a sofrer ataques verbais e ameaças. Na
primeira fase, a vítima já tem direito a uma rede de apoio, com psicólogos e
assistentes sociais. Além disso, algumas medidas podem ser tomadas, como
afastar o agressor do lar.
“Se a mulher pedir a medida protetiva, e a medida for
deferida, se ele descumprir qualquer daquelas cláusulas, ele pode ser preso. E
isso é uma grande arma que a mulher tem, ela pode, nesse descumprimento dessa
ordem judicial, ele pode ir preso, mesmo após uma injúria”, explica a delegada
Teresa Pezza.
Nos primeiros seis meses do ano passado, o Ligue 180, da
Central de Atendimento à Mulher, registrou mais de 300 mil queixas no país. A
ligação é de graça e pode ser feita de qualquer tipo de telefone. O número
funciona 24 horas.
Fonte: Jornal Hoje
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