Delegacia somou ainda 865 pedidos de medida protetiva e 55
prisões neste período.
A Delegacia de Mulheres de Belo Horizonte registrou somente
no último mês 1.077 boletins de ocorrência. A grande maioria das queixas está
relacionada à lesão corporal e ameaças, além de crimes contra a honra. Neste
mesmo período, foram solicitadas 865 medidas protetivas e efetuadas 55 prisões
em flagrantes. De acordo com a Polícia Civil, na maioria das vezes, os
agressores são os companheiros das vítimas.
Uma dessas mulheres, que prefere não se identificar,
conviveu 15 anos com o agressor. Somente há um ano e meio, ela resolveu dar o
grito de socorro e denunciar o ex-marido. Ela conta que depois de cerca de
cinco anos ao lado do homem, tudo mudou.
— Eu fui vendo a personalidade dele, ele ficou muito
violento e irresponsável dentro de casa.
Segundo a delegada Margareth Rocha, é importante que as
mulheres denunciem o caso na primeira agressão. Ela ressalta que muitas ainda
têm medo, mas que é preciso enxergar a polícia como aliada.
— Quando a mulher está sofrendo violência, o que é
importante fazer? Chamar a PM no local, que vai propiciar que tanto agressor
quanto vítima sejam levados para a delegacia de plantão.
A Justiça começou a utilizar há um ano as tornozeleiras
eletrônicas para evitar que os acusados descumpram a medida protetiva. A vítima
que se esconde do ex-marido agressor, no entanto, conta que ainda não conseguiu
este benefício. Enquanto isso, ela e a família preferem se esconder das ameaças
constantes.
—Ele liga, tá sempre ligando, eu nem tenho celular mais. Eu
troquei oito vezes de chip e ele não dá sossego.
Fonte: Record MInas
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