quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Prostitutas organizam uma cooperativa em Ibiza, a primeira na Espanha

Maria José Armesto, presidenta da primeira cooperativa de serviços sexuais legalizada na Espanha

Um grupo de prostitutas na ilha de Ibiza, nas Ilhas Baleares, criou uma cooperativa que lhes permite pagar os seus impostos e receber benefícios da Previdência Social, afirmando que esta é a primeira iniciativa do gênero em Espanha.

Em Espanha, na cidade de Ibiza, acaba de ser legalizada a primeira cooperativa de trabalhadoras do sexo (SEALER) tendo como objeto social a prestação de serviços sexuais. As cooperantes pagam as suas contribuições para a Previdência Social e os respectivos impostos. Inspiraram-se no trabalho da juíza de Lanzarote Gloria Poyatos, que defende o direito das trabalhadoras do sexo a registar-se como trabalhadoras independentes, ainda que a prostituição não esteja regulamentada.
A cooperativa tem onze cooperantes e, ao que diz a porta-voz, Maria José López, há já 40 pedidos à espera, sendo que a aceitação como cooperante apenas pressupõe que sejam maiores de idade, sem nenhum tipo de incapacidade intelectual e que estejam a agir livremente e não sob coação. “Somos pioneiros. Somos a primeira cooperativa, na Espanha, que pode dar cobertura legal para todas as meninas ", disse Maria José.
Protesto em El Raval (Barcelona) contra o agravamento das sanções contra a prostituição.

Para a juíza Gloria Poyatos, a cooperativa liberta às mulheres das redes de cafetões.
Existem opiniões contrárias: "Estamos falando de uma minoria de mulheres prostitutas com uma hipotética  liberdade, mas a realidade é que, na maioria dos casos, a sua capacidade de decidir não é real", reclama, entretanto, Ignacio Arsuaga, presidente da conservadora Organização “HazteOir” . "A regulamentação da prostituição é prejudicial para as vítimas que são exploradas, para as escravas sexuais", acrescenta.
“Cada uma trabalha onde quer, como quer, no horário que quiser e com a taxa que quer ", explica Jaime Bonet , coordenador de Sealer.  Muitas são mães e têm família , são mulheres que trabalham , declaram sua renda oficial e pagam a sua quota correspondente à Previdência Social como autônomo. "Ao se unir e formar uma cooperativa " partilham  infraestruturas e serviços  e socializam os riscos " explica Bonet .

Fonte:www.20minutos.es/noticia/2033878/0/cooperativa/sexo-prostitutas/ibiza/



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