Maria José Armesto, presidenta da primeira cooperativa de
serviços sexuais legalizada na Espanha
Um grupo de prostitutas na ilha de Ibiza, nas Ilhas
Baleares, criou uma cooperativa que lhes permite pagar os seus impostos e
receber benefícios da Previdência Social, afirmando que esta é a primeira
iniciativa do gênero em Espanha.
Em Espanha, na cidade de Ibiza, acaba de ser legalizada a
primeira cooperativa de trabalhadoras do sexo (SEALER) tendo como objeto social
a prestação de serviços sexuais. As cooperantes pagam as suas contribuições
para a Previdência Social e os respectivos impostos. Inspiraram-se no trabalho
da juíza de Lanzarote Gloria Poyatos, que defende o direito das trabalhadoras
do sexo a registar-se como trabalhadoras independentes, ainda que a prostituição
não esteja regulamentada.
A cooperativa tem onze cooperantes e, ao que diz a
porta-voz, Maria José López, há já 40 pedidos à espera, sendo que a aceitação
como cooperante apenas pressupõe que sejam maiores de idade, sem nenhum tipo de
incapacidade intelectual e que estejam a agir livremente e não sob coação. “Somos
pioneiros. Somos a primeira cooperativa, na Espanha, que pode dar cobertura
legal para todas as meninas ", disse Maria José.
Protesto em El Raval (Barcelona) contra o agravamento das sanções contra a prostituição.
Para a juíza Gloria Poyatos, a cooperativa liberta às
mulheres das redes de cafetões.
Existem opiniões contrárias: "Estamos falando de uma
minoria de mulheres prostitutas com uma hipotética liberdade, mas a realidade é que, na maioria
dos casos, a sua capacidade de decidir não é real", reclama, entretanto,
Ignacio Arsuaga, presidente da conservadora Organização “HazteOir” . "A
regulamentação da prostituição é prejudicial para as vítimas que são exploradas,
para as escravas sexuais", acrescenta.
“Cada uma trabalha onde quer, como quer, no horário que
quiser e com a taxa que quer ", explica Jaime Bonet , coordenador de Sealer. Muitas são mães e têm família , são mulheres
que trabalham , declaram sua renda oficial e pagam a sua quota correspondente à
Previdência Social como autônomo. "Ao se unir e formar uma cooperativa
" partilham infraestruturas e
serviços e socializam os riscos " explica
Bonet .
Fonte:www.20minutos.es/noticia/2033878/0/cooperativa/sexo-prostitutas/ibiza/
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