Especialistas de organizações eclesiásticas de todo o mundo
participam na capital espanhola, desde segunda-feira, 20, até quarta-feira, 22,
da reunião bienal de afiliados a COATNET (Christian Organizations Against
Trafficking in Human Beings), Rede de Organizações Cristãs contra o Tráfico de
Seres Humanos.
O objetivo da Cáritas Espanha e da Caritas Internationalis,
que patrocinam o evento, vai além da troca de experiências e opiniões, querendo
reforçar uma rede planetária capaz de agir com mais sintonia. A partir daí,
deve emergir um programa de trabalho e atuação para o biênio 2014/15.
Maria Cristina dos Anjos, diretora executiva nacional da
Cáritas Brasileira, participa do evento junto com Rosely Cândido, coordenadora
da Pastoral da Mulher Marginalizada.
Na primeira palestra, a Defensora Pública Soledad Becerril
falou sobre “as vítimas invisíveis: o tráfico de pessoas na Espanha”. A
apresentação foi resultado de um trabalho de investigação sobre mais de 100
casos de tráfico; entrevistas com 59 vítimas e um retrato detalhado da situação
deste grave delito no país.
O informe constata que os mecanismos de detenção das vítimas
ou das potenciais vítimas não estão funcionando adequadamente e reclama uma
maior participação das entidades nestes processos e na assistência a estas
pessoas.
O tráfico de pessoas é uma forma de escravidão moderna, uma
violação dos Direitos Humanos que constitui um crime contra a dignidade humana
e contra a segurança do Estado, além de ser uma das formas mais brutais de
violência exercida sobre mulheres.
O Papa Francisco se expressou sobre a questão muitas vezes.
No último dia 12 de dezembro, em discurso a embaixadores, definiu o fenômeno
como “um crime contra a humanidade”. Em novembro de 2013, o Pontífice promoveu,
por meio da Pontifícia Academia das Ciências, um congresso sobre o tema, com a
colaboração das Associações médico-católicas de todo o mundo.
Fonte: Rádio Vaticano
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