Cidade de São Paulo deverá receber número maior de
prostitutas em 2014.
Sede da abertura da Copa do Mundo de 2014, São Paulo deve
receber mais de 500 mil pessoas no mês do Mundial. São esperados torcedores,
jornalistas, comerciantes, além das próprias seleções que disputarão o torneio.
Mas a capital paulista também contará com um fluxo bem maior de profissionais
de outro ramo: a prostituição. A expectativa do aumento no turismo sexual
durante o evento chamou a atenção de diversas acompanhantes do interior e de
fora do Estado, que se preparam para visitar e ter um período lucrativo na
capital paulista no ano que vem.
A movimentação para a Copa despertou o interesse de garotas
dos mais diversos estilos, sejam acompanhantes de luxo que cobram R$ 800 por
programa ou meninas mais simples, que pedem R$ 50 por relação. A capixaba
Brenda, por exemplo, é uma das prostitutas que já tem até flat reservado para
vir com um grupo de nove garotas de Vitória, somente para o mês do Mundial.
Além disso, elas planejam criar um blog em inglês para divulgar seus serviços.
"Vamos alugar três flats e contratar até motorista para
buscar os clientes no hotel, se precisarem. O programa por aqui [Vitória] sai
por volta de R$ 150, mas podemos cobrar até três vezes mais na Copa. A procura
será absurda, mais do que em qualquer outro evento", destacou a jovem de
20 anos em entrevista por telefone.
A bauruense Juliana é outra profissional do sexo que viajará
com um grupo de amigas para São Paulo durante a Copa. Mas ao contrário da
capixaba, ela tem ambições bem mais simples e ainda não tem ideia de onde irá
trabalhar durante os jogos.
Juliana cobra R$ 50 reais por programa no interior, mas é
obrigada a dividir os lucros com a casa em que trabalha. A acompanhante de 24
anos afirma que não terá nenhuma condição de investir em planos mirabolantes na
capital do Estado e que, por isso, não vai nem procurar um local para ficar
quando o torneio se aproximar.
"Vamos chegar e ir para a [rua] Augusta mesmo. Sei que
o pessoal todo vai para lá. Só não me pergunte aonde vamos dormir, isso a gente
vê quando chegar. Mas já pensou se consigo sair com um jogador? Faço de tudo
pra ele casar comigo e me tirar daqui! Já pensou se eu consigo?", sonhou
Juliana.
Vale lembrar que São Paulo é uma cidade acostumada a receber
grandes eventos, como a Fórmula 1 e convenções internacionais. Porém, a expectativa
entre as profissionais do turismo sexual é que a Copa do Mundo ultrapasse de
longe qualquer um destes acontecimentos graças à maior importância e exposição
dos jogos, além de acontecer ao longo de um mês, período maior do que qualquer
outro evento deste porte no país.
Estudante de odontologia no Paraná, Karina também visitará
São Paulo exclusivamente para a Copa do Mundo. Mas ao contrário das outras duas
acompanhantes, ela já fechou um programa fixo de duas semanas com um empresário
alemão que estará na cidade para o Mundial.
Experiente em viagens internacionais ao lado dos clientes, a
paranaense embolsará nada menos do que R$ 10 mil para dar atendimento exclusivo
ao alemão, além de ter todas as suas despesas pagas.
"Ele virá para trabalhar nas duas primeiras semanas da
Copa e depois deve viajar para acompanhar a Alemanha. Só fechamos o primeiro
período, por enquanto. Se não der certo o resto, ficarei em São Paulo até o fim
fazendo programas, já tenho flat disponível para mim", afirmou Karina.
Mas não são apenas as acompanhantes em si que estão se
preparando para a movimentação durante a Copa. Algumas das casas de
prostituição mais conhecidas da capital também estão investindo em
infraestrutura e buscando a contratação de profissionais que falam inglês e
espanhol.
É o caso de uma casa de massagem próxima ao aeroporto de
Congonhas, que irá disponibilizar até 50% a mais de garotas para a clientela
durante o evento. Além disso, a casa também contará com uma limousine para
buscar os interessados nos hotéis no ano que vem.
"O importante é ter uma boa comunicação com os hotéis,
pois são eles que nos indicam para os hóspedes. Já temos uma boa experiência
pela Fórmula 1 e Indy, mas na Copa tudo deve ser maior. Por isso, vamos
selecionar várias garotas de fora de São Paulo para podermos atender a
todos", ponderou o gerente da casa.
Fonte: www.wscom.com.br
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