Os cinco estados que mais apresentam pontos vulneráveis são: Minas Gerais, com 252 pontos; Pará, com 208; Goiás, com 168; Santa Catarina, com 113; e Mato Grosso, com 112 locais considerados vulneráveis à exploração sexual.
O quinto mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração
sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras, lançado em
maio, é uma iniciativa da Polícia Rodoviária Federal em parceria com a
Childhood Brasil, a Secretaria dos Direitos Humanos e a Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Nesta edição, a região centro-oeste do Brasil
foi apontada como a região mais propícia para a prática deste crime, com 398
áreas mapeadas, de um total de 1.776 em todo o País. Em segundo lugar, aparece
o nordeste, com 371 pontos propícios à exploração sexual de crianças e
adolescentes, seguido das regiões norte (333), sudoeste (358) e sul (316).
Os números gerais mostram uma redução de 2,42% no número de
pontos em relação ao levantamento anterior (2009/2010), quando foram
encontrados 1.820 locais vulneráveis à exploração de crianças e adolescentes.
Os locais muito críticos e de alto risco encontrado (1.171) também diminuíram
na comparação com a pesquisa realizada, de 2009/2010, que apontou 1.402 pontos
nesta situação.
Os pontos vulneráveis são ambientes ou estabelecimentos
propícios à exploração, onde os agentes da polícia encontram características
como: falta de iluminação, presença de adultos se prostituindo, falta de
vigilância privada, aglomeração de veículos em trânsito e consumo de bebida
alcoólica. Há locais onde já foram confirmados casos de exploração sexual de
menores e outros com indícios ou denúncias.
Os cinco estados que mais apresentam pontos vulneráveis são:
Minas Gerais, com 252 pontos; Pará, com 208; Goiás, com 168; Santa Catarina,
com 113; e Mato Grosso, com 112 locais considerados vulneráveis à exploração
sexual. O estado com menos pontos vulneráveis é o Amapá, onde foram localizados
cinco pontos. O mapeamento também revelou que a maioria dos locais vulneráveis
à exploração sexual (65,8%) estão concentradas em áreas urbanas.
O mapeamento foi criado há dez anos e visa a ampliação e o
fortalecimento das ações de enfrentamento da violência sexual contra crianças e
adolescentes no território brasileiro, por meio da realização e atualização dos
pontos vulneráveis ao longo das rodovias federais no país, objetivando,
sobretudo, subsidiar o desenvolvimento de ações preventivas e repressivas, as
políticas públicas de assistência social e as políticas públicas coordenadas
pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Próximas ações
O mapeamento começará a ser realizado também nas rodovias
estaduais. A Childhood Brasil e a Polícia Rodoviária Federal trabalham com a
Polícia Militar Rodoviária do Estado de Pernambuco para que a mesma metodologia
seja utilizada.
Outro desdobramento da pesquisa refere-se ao fortalecimento
das políticas públicas de assistência social nas comunidades próximas aos
pontos críticos. Além disso, o mapeamento também ajuda a direcionar a ação e
metodologia de funcionamento dos conselhos tutelares e de toda a rede,
melhorando o atendimento às vítimas.
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