Uma publicação em uma comunidade
no Facebook de alunos das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), que fica
em Botafogo, na Zona Sul do Rio, está causando polêmica dentro da universidade
carioca e nas redes sociais. Em resposta a um post de aluno que questionava
sobre um suposto machismo em uma publicidade de cosméticos, o professor Pedro
Murad afirmou: "sugeriria você colocar que isso é falta de sexo mesmo!
(para não dizer falta de p...)", escreveu.
Ao G1, por telefone, o docente
disse que "não foi uma ação do professor, foi da pessoa Pedro Murad".
"Foi um lapso infeliz, ruído de comunicação que não poderia acontecer. Mas
está tudo bem. Bola para frente", afirmou o professor, que dá aulas em
duas disciplinas na faculdade.
A aluna Caroline Laymar, de 23
anos, cursa o sétimo período de jornalismo e chamou a atenção do professor, que
rebateu: "Policiamento no Facebook, a essa hora?", questionou.
A aluna se diz indignada pelo
comentário, já que os alunos estavam discutindo justamente o machismo na
publicidade e se houve erro na campanha.
"Se debater comunicação é
'falta de p...', a vontade que dá é de largar a faculdade. E esse comentário
machista tentando deslegitimar a fala dos alunos, como se a nossa vida girasse
em torno de um pau, é mais imatura que de muitos alunos ali", disse ao G1.
Em repúdio, o coletivo Feminista
da Facha, o Pagu, escreveu uma nota na mesma rede social, acrescentando que já
recebeu outras denúncias do mesmo tipo de comportamento do professor em sala de
aula.
"Estamos extremamente
decepcionadas com tal afirmação, uma vez que, diante de uma pesquisa sobre
desigualdade de gênero, o professor recorre aos mesmos recursos preconceituosos
e justifica pela falta de falo a razão para tal questão. Senhor professor, as
mulheres, portanto, estão inaptas biológicamente a serem respeitadas por si
próprias, uma vez que não nasceram com tal “pau” que o senhor sugere? Precisamos
de relações sexuais com o sexo masculino para, assim, não nos manifestarmos?
", questiona a nota.
A Facha foi procurada pelo G1,
mas até a publicação desta reportagem não havia comentado o caso.
Fonte: G1 Globo
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