Garotas e garotos de programa se reuniram para pedir mais
segurança. PM nega abusos e secretaria de segurança diz que vai apurar casos.
Profissionais do sexo de Goiânia se reuniram com a Polícia
Militar e Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO) nesta
quarta-feira (29) para reivindicar mais segurança. Eles dizem que estão sendo
vítimas de violência policial. A PM nega os abusos.
O encontro ocorreu no Setor Rodoviário, conhecido ponto de
prostituição que fica na região oeste da capital. Com o apoio do Centro de
Valorização da Mulher Consuelo Nasser (Cevam), cerca de 30 garotas e garotos de
programa denunciaram agressões policiais.
Uma das mulheres, que prefere não se identificar, diz que
foi abordada com truculência quando chegava para trabalhar. "Puxaram meu
cabelo. Aí eu virei assim, uai, por que você está puxando o meu cabelo?
[Disseram] sua vagabunda, sai daqui", conta.
A PM diz que reforçou a atuação na área para tentar reduzir
os casos de violência, em geral, ligados ao tráfico de drogas. No entanto, nega
que tenha ocorrido agressões e explica que estão inovando na forma de fazer as
abordagens.
"Durantes as operações nós estamos fotografando e
fazendo filmagens justamente para não ter esse tipo de mal entendido",
afirma a major da PM Heloísa Brito.
O superintendente de políticas de segurança Edílson de Brito
disse que a SSP-GO irá apurar as denúncias. "A SSP-GO não compactua com
nenhum abuso. O que nós queremos é que as abordagens continuem e elas vão
continuar, mas que sejam feitas de forma respeitosa", afirma.
Fonte: Globo
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