A quadrilha que oferecia mais de 50 mulheres para programas
em BH e interior vai responder por favorecimento da prostituição, rufianismo,
entre outros crimes. Eles podem ser condenados a pagar indenização civil da
sociedade por dano material coletivo.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou à
Justiça 13 treze pessoas acusadas de associação em quadrilha para prática de
exploração sexual em cidades de Minas Gerais. O grupo comandava um esquema de
prostituição em que mais de 50 mulheres eram oferecidas em oito sites na
internet em “cardápios”. O casal Sérgio Marques Geraldo, 41 anos, e Eva Maria
Barbosa, 38 anos, eram líderes do bando e mantinham um escritório de fachada no
Bairro Prado e um scoth bar no Alto Barroca, Região Oeste de Belo Horizonte. O
serviço também era oferecido no interior do estado.
No último dia 6, a Polícia Civil prendeu Sérgio, Eva e
outras seis pessoas que trabalhavam nas duas unidades do “negócio”. O cliente
entrava nas páginas de anúncio na internet, escolhia a mulher e ligava para o
telefone indicado.
A organização tinha vários chips de celulares distribuídos
nos anúncios de mulheres, mas todos eram atendidos no escritório do Bairro
Prado. As atendentes negociavam valores e dois motoristas levavam as mulheres
ao local escolhido pelos clientes ou para o Bambu Luar Scoth Bar, de
propriedade de Sérgio e Eva. O registro do bar era de fachada, como clínica de
estética. No imóvel, havia cinco quartos onde aconteciam os programas
combinados por telefone.
Durante operação policial na casa dos acusados e nos
escritórios foram apreendidos computadores, 300 aparelhos celulares, R$ 2,4 mil
em dinheiro, notas de euro e peso argentino, 10 passaportes, um Range Rover
Evoque e uma BMW X5, além de livros caixa e folhas de pagamentos dos
funcionários.
Lucro
Os programas custavam em média R$ 250 para uma hora e meia,
na capital, e R$ 350 no interior. Os líderes da quadrilha embolsavam 60% do
valor cobrado, enquanto o restante era repassado à garota explorada. Algumas
das mulheres eram aliciadas também no Recife. Segundo o MPMG, em várias interceptações
telefônicas foi possível identificar um deles informando preços e horários de
funcionamento dos serviços oferecidos no scotch bar. A mesma pessoa, em outra
gravação, chega a anunciar que estaria abrindo um novo site de agenciamento em
Maceió.
Denúncia
Além da prática dos crimes de favorecimento da prostituição,
manutenção de casa de prostituição e rufianismo (tirar proveito da
prostituição), o MPMG acusa os dois chefes da quadrilha de ocultar e
dissimular, de forma reiterada, a natureza, a origem e a movimentação dos
valores provenientes do “negócio”.
O MPMG ainda pede a condenação de todos os acusados à
suspensão dos direitos políticos, à indenização civil da sociedade por dano
material coletivo e à perda de computadores, celulares e veículos utilizados na
prática dos crimes. A Justiça também deverá analisar o pedido de afastamento do
sigilo fiscal e de quebra do sigilo bancário dos líderes da quadrilha.
Fonte: (Luana Cruz) Estado de Minas
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