Com o ufanismo dos megaeventos, a esperança de melhorar de vida, aproveitando os grandes negócios, a indústria sexual ludibria as mulheres jovens e pobres com a possibilidade de trabalharem nos eventos da Copa do Mundo.
Na Copa do Mundo da África do Sul, a FIFA pressionou o
governo do país a legalizar a prostituição, o que acabou não acontecendo. Na
Copa da Alemanha, em 2006, foram "importadas" 40 mil mulheres da
Europa Central e do Leste para abastecer a rede de prostituição durante os
jogos.Mesmo sem a legalização da prostituição na África do Sul, o tráfico de
meninas cresceu de forma assustadora no período que antecedeu o maior evento
esportivo do planeta. Segundo porta-voz da polícia de Maputo, capital de
Moçambique, meninas estavam sendo vendidas a 670 dólares (cerca de 1,3 mil
reais).
A denúncia é da psicóloga e ativista social Mariana Cristina
Moraes da Cunha, integrante do Comitê Popular da Copa do Mundo, em texto
publicado na cartilha Copa para quem? - reproduzido na Revista do Instituto
Humanitas, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
Ao lado do principal estádio de futebol da Alemanha foi
construída uma casa de prostituição, com capacidade de atendimento a 650 homens
simultaneamente, escreve Mariana.
"Com o ufanismo dos megaeventos, a esperança de
melhorar de vida, aproveitando os grandes negócios, a indústria sexual ludibria
as mulheres jovens e pobres com a possibilidade de trabalharem nos eventos da
Copa do Mundo", afirma a psicóloga.
Aliciadores prometem às jovens que serão garçonetes,
cozinheiras, trazem-nas de seus países de origem sem dinheiro ou garantia de
retorno e acabam por escravizá-las sexualmente, descreveu a psicóloga.
No Brasil, tramita no Congresso nacional projeto de lei,
apelidado de "Gabriela Leite", do deputado Jean Wyllys que
regulamenta a prostituição, tornando-a uma profissão.
Para a psicóloga, o neoliberalismo é o principal motor do
desenvolvimento da indústria do sexo, do tráfico de mulheres e de crianças para
fins de exploração sexual. "Regulamentar a prostituição significa atestar
que a mulher é uma mercadoria", frisou.
Fonte: www.noticiascristas.com
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