Uma operação conjunta entre a Corregedoria Geral Unificada
(CGU) e o Ministério Público do Estado do Rio culminou no fechamento de um
antigo e conhecido prostíbulo situado na Avenida Amaral Peixoto, no Centro de
Niterói.
Cerca de 100 pessoas, entre homens e mulheres foram conduzidos a
delegacias de Niterói e São Gonçalo acusadas de envolvimento com exploração
sexual. A ação contou com mais de 400 policiais civis e militares, agentes da
Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Combate as Drogas
(Dcod). De acordo com o delegado da Corregedoria da Polícia Civil, Marcelo
Fernandes Rodrigues, o principal objetivo da operação era identificar a prática
de exploração sexual, agiotagem e exploração de menores por parte de policiais
civis e militares. Ao todo foram expedidos 492 mandados de de busca e
apreensão.
“A gente vislumbrou a possibilidade do desvio de conduta
praticada por policiais da prestação de segurança. A princípio não conseguimos
identificar nenhum policial como dono desses locais, contudo os autos indicam
efetivamente não só a prática da segurança, como a da exploração sexual”.
O delegado acrescentou ainda que a CGU e o Ministério
Público reuniram documentos e indícios de que o prédio que inicialmente era
usado para fins comerciais e residenciais passou a ser usado para a prática de
exploração sexual. Quatro ônibus da Polícia Militar com garotas de programas e
possíveis exploradores e frequentadores dos prostíbulos foram conduzidos à
delegacias de Niterói e São Gonçalo. O delegado acrescentou que também havia a
denúncia de que traficantes do Morro do Estado estariam vendendo entorpecentes
no local.
No prédio de 11 andares e 341 apartamentos foi possível
encontrar bebidas alcoólicas e até uma máquina de caça-níquel. Segundo a
polícia, do primeiro ao quinto andar eram usados exclusivamente para a prática
de exploração sexual. No material apreendido pela polícia havia droga, munição,
camisinhas, comandas e até tabela com os preços dos programas.
“Efetivamente em duas ou três unidades nós encontramos
drogas e munição de calibre 12. Vamos procurar instalações de ‘gato net’”,
acrescentou.
Em alguns apartamentos os programas variam entre R$ 35 e R$
120.
Fonte: www.atribunarj.com.br
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