Policiais cariocas descobriram que duas menores e um rapaz
estavam sendo mantidos em cárcere privado. Um garoto de 14 anos também foi
apreendido.
Todos eles, segundo a Polícia carioca, estavam
disponibilizados para programas sexuais – inclusive, com tabela de preço.
Segundo a Polícia, a mulher estava no Rio há uma semana com os adolescentes.
A Polícia Civil investiga a esteticista Sílvia Flávia
Siqueira Moreno, suspeita de integrar uma rede de prostituição envolvendo
adolescentes de Cuiabá, que seriam levadas para boates no Rio de Janeiro.
Sílvia, que foi presa na quinta-feira (4), em Copacabana, na
Zona Sul carioca, é proprietária de uma casa no bairro Coophamil, em Cuiabá,
onde, no mês passado, policiais militares encontraram várias adolescentes, que,
no entanto, negaram que faziam programas sexuais.
A esteticista é acusada de aliciar as menores que foram
detidas em boates cariocas e serão trazidas para a capital mato-grossense.
A mulher foi presa em um apartamento com duas menores – a
própria filha de 17 anos, uma garota de 15 anos e um jovem de 24.
Ela vai responder, no Rio de Janeiro, por exploração sexual
de vulnerável, cárcere privado e indução ao trabalho escravo.
Policiais cariocas descobriram que as duas menores e o rapaz
estavam sendo mantidos em cárcere privado. Um garoto de 14 anos também foi
apreendido.
Todos eles, segundo a Polícia carioca, estavam
disponibilizados para programas sexuais – inclusive, com tabela de preço.
Segundo a Polícia, a mulher estava no Rio há uma semana com os adolescentes.
Na quarta-feira (3), a mãe da adolescente de 15 anos, esteve
novamente na Delegacia de Defesa da Criança e do Adolescente, em Cuiabá, e
informou que a filha havia telefonado do Rio de Janeiro e que estava lá há mais
de uma semana,a companhia de Sílvia Flávia.
“Ela contou para mãe que era mantida em cárcere privado,
sendo explorada sexualmente e obrigada a realizar serviços domésticos”, disse a
delegada Alexandra Fachone.
No Rio de Janeiro, em depoimento na 13ª Delegacia de Polícia
de Copacabana, a adolescente disse que conseguiu fugir do apartamento e pediu
socorro na unidade policial. A menina contou que suas roupas haviam sido
retidas, assim como seus documentos pessoais e dinheiro.
A adolescente acrescentou que a acusada lhe dava drogas e
que tinha realizado um aborto. Ela tambémr relatou que era ameaçada constantemente
de morte e que tinha medo da esteticista.
As investigações são realizadas pela Deddica de Cuiabá, a
partir de uma ocorrência, segundo a qual, em 15 de maio passado, uma
adolescente de 15 anos tinha fugido de sua casa e estaria se prostituindo em
companhia de outras garotas.
“A partir daí, descobrimos que a adolescente tinha sido
levada para o Rio de Janeiro e pedimos ajuda para localizar quem a levou para
lá”, explicou a delegada Fachone.
Tráfico e aborto
Em Cuiabá, Sílcia Faria é investigada por exploração sexual,
rufianismo, cárcere privado, falsificação de documento público, aborto
provocado por terceiro sem o consentimento da gestante e tráfico interno de
pessoas para fins de exploração sexual.
Em maio, a mãe da adolescente procurou a delegacia, havia
informado que a filha estava em uma residência no bairro Consil, em Cuiabá, mas
o local apontado como casa de prostituição já havia sido desativado, ao ser
averiguado pelos policiais da unidade.
Durante as investigações, outra denúncia ao Conselho Tutelar
levou a Polícia Militar a fechar uma residência no bairro Coophamil, por
suspeita de manter adolescentes para prostituição.
Na casa, foram encontradas quatro adolescentes, entre elas,
uma que estava desaparecida, à época, com 14 anos.
A casa era alugada por Sílvia Flávia, mãe de uma das quatro
garotas (duas de 14 anos, uma de 15 e a filha da acusada de 17 anos),
encontradas no local.
No entanto, as adolescentes, ao serem levadas à Central de
Flagrantes, negaram que eram exploradas sexualmente e que a casa era usada para
essa finalidade.
Em buscas na casa, além das adolescentes, a Polícia
apreendeu diversos medicamentos abortivos, preservativos e cédulas de
identidade falsa.
Na ocasião, a suspeita não chegou a ser detida, por não se
encontrar na residência. Ela também é acusada de explorar a filha de 17 anos.
A delegada lembrou que as investigações contra a esteticista
prosseguem em Cuiabá. “Serão juntadas aos autos cópias de sua prisão em
flagrante delito do Rio de Janeiro, onde foi presa por exploração sexual,
cárcere privado e redução a condição análoga de escravo”, destacou.
Fonte: www.uipi.com.br
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