Uma organização criminosa que explorava 400 mulheres, na
maioria sul-americanas, em seis "megaprostíbulos" de Andaluzia, foi
desarticulada na Espanha pela polícia, que prendeu 36 pessoas, segundo
informaram nesta segunda-feira (4) fontes policiais.
Os detidos, de nacionalidade espanhola e que ficaram em
liberdade com acusações após serem postos à disposição da justiça, foram
acusados dos crimes de tráfico de seres humanos, lavagem de capitais,
integração em organização criminosa e delitos contra os direitos dos
trabalhadores.
As vítimas da rede eram em sua maioria mulheres de origem
sul-americana, embora algumas procediam do Leste da Europa.
Em alguns casos estavam na Espanha em situação irregular e
em outros contavam com toda a documentação.
Os "megaprostíbulos", situados nas cidades de
Sevilha, Cádiz, Córdoba e Huelva, geravam cada um deles lucros anuais de 1,2
milhão de euros, segundo fontes policiais.
Parte desse lucro era das comissões que cobravam aos
clientes pelo uso de caixas automáticos e de outros meios que punham a sua
disposição para facilitar a despesa.
Para tirar o máximo rendimento das mulheres, os acusados as
obrigavam supostamente a assinar "contratos" em que eram
estabelecidas multas por descansar sem permissão (50 euros) ou abandonar o
clube sem autorização prévia (150 euros).
Na operação, a polícia imobilizou por ordem judicial 57
imóveis, 56 veículos, uma embarcação e outros bens cujo valor estimado supera
os 14 milhões de euros.
A organização havia criado um grupo de empresários com
laranjas para tentar mascaram a procedência do dinheiro obtido supostamente com
a exploração de mulheres.
Fonte: Gazeta do povo
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