O chefe da missão da Organização Internacional de Migração
(IOM) em Angola, Salvatore Sortino, informou, em Luanda, que o crescimento económico de Angola tem atraído “muitos
traficantes de seres humanos", que introduzem no país imigrantes ilegais
para trabalharem na área do comércio.
Salvatore Sortino
falava numa palestra alusiva à celebração do Dia Mundial Contra o
Tráfico de Pessoas. Aplaudiu os esforços do Executivo na luta contra a
imigração ilegal, um crime estimulado por s traficantes que aliciam as suas
vítimas com a promessa de uma vida melhor em Angola.
O alto funcionário da Organização Internacional de Migração
acrescentou que a luta contra o tráfico de seres humanos deve envolver toda a
sociedade, devido ao facto dos traficantes serem pessoas conhecidas na
comunidade, pelo que ameaçam as suas vítimas e familiares para que não sejam
denunciados às autoridades.
As mulheres e crianças, acrescentou, são os dois grupos mais
vulneráveis ao tráfico de seres humanos, um crime transnacional cometido por
redes difíceis de desmantelar.
O representante da OIM em Angola salientou que o tráfico de
pessoas é um atentado aos direitos
humanos e uma forma de escravidão apoiada em lógicas de exploração sexual e
laboral, além de estar associado à pobreza e à exclusão social.
“O tráfico de pessoas é o terceiro comércio ilegal mais
lucrativo, depois do tráfico de armas e de drogas", declarou Salvatore
Sortino, informando que, anualmente, 2,4 milhões de pessoas são vítimas de
tráfico de seres humanos no mundo.
Às vezes, a busca pelo sonho de uma vida melhor acaba em
tragédia, alertou Salvatore Sortino, que lembrou o facto de, em Outubro de
2013, mais de 360 imigrantes terem
morrido afogados quando eram transportados num barco que, devido à
superlotação, naufragou perto da ilha italiana de Lampedusa.
Fonte:
www.angonoticias.com
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