Hoje em dia sites e aplicativos especializados estão
permitindo que a informação flua entre o comprador e o vendedor, fazendo com
que seja mais fácil fechar negócios. Está se tornando mais fácil de entrar no
negócio do sexo, que também está se tornando mais seguro: as prostitutas podem
avisar umas às outras sobre clientes violentos e realizar consultas de
histórico e de saúde antes de aceitar um trabalho.
Mesmo em lugares como os EUA, onde a prostituição e sua
negociação são ilegais em todos os lugares, o anúncio e a marcação de programas
estão se deslocando para a internet. Para contornar as leis os servidores de
internet são alocados em países estrangeiros; os proprietários de site e
usuários se escondem por trás de pseudônimos, e termos jurídicos sofisticados
localizados estrategicamente enquadram o propósito dos sites como
“entretenimento” e o seu conteúdo com “ficção”.
O deslocamento para a internet está lançando luz em partes
do setor do sexo que há muito jaziam na escuridão. Prostitutas de rua sempre
atraíram a maior parte da atenção dos formuladores de políticas públicas e
pesquisadores porque oferecem seus serviços em lugares públicos.
Elas são mais incômodas para todas as pessoas – e, por serem
mais vulneráveis, mais propensas a chamarem a atenção de policiais ou
funcionários públicos das áreas de saúde e assistência social. Mas em muitos
países elas representam a minoria de todas as trabalhadoras do sexo; apenas
entre 10% e 20% nos EUA, estima Ronald Weitzer, sociólogo da Universidade
Georgetown.
A grande quantidade de dados disponíveis online faz com que
seja possível hoje em dia analisar essa parte maior e menos estudada do mercado
de sexo comercial: a prostituição que acontece em ambientes privados.
Descobriu-se que esse setor é surpreendentemente similar a outros setores de
serviços.
As características pessoais das prostitutas e os serviços
que oferecem influenciam o preço que cobram; serviços de nicho permitem a
cobrança de um preço mais alto; e a internet está tornando mais fácil para tais
profissionais trabalharem em horários flexíveis e de não necessitarem de um
intermediário.
Fonte:
Tradução de The Economist-“More bang for
your buck” em http://opiniaoenoticia.com.br/
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