Na manhã de hoje aconteceu na sede da Associação dos
Amigos da rua Guaicurus (A.A.R.G.) uma reunião para debater os problemas de
segurança no interior dos hotéis do hipercentro de Bh.
Participaram representantes da Policia Militar, a A.A.R.G.,
proprietários de alguns hotéis, representantes do Ministério Publico de MG (da
Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos) Aprosmig (Associação
das Profissionais do Sexo de MG) e Pastoral da Mulher.
A reunião iniciou-se com a análise criminal nos hotéis do
hipercentro através de uma pesquisa levantada pela própria Policia Militar,onde
se constatavam os distintos fatos criminosos acontecidos nos últimos meses. Chamava
especialmente a atenção a falta de transparência de alguns hotéis onde a pesquisa não mostrava nenhuma ocorrência,não
porque nada tivesse acontecido, mas pela falta de comunicação desses dados à PM.
Foram denunciadas algumas situações especificas
especialmente graves como problemas de saúde de algumas mulheres que não foram
socorridas em seu momento pelo gerente ou por outros funcionários, roubos,
furtos e agressões (particularmente em um hotel da de denominada zona boemia
onde ao longo das últimas semanas quatro mulheres foram amarradas e correram serio
perigo de morte).
Foi lembrado pela Pastoral o incumprimento do compromisso publicamente
assumido pela Associação de Amigos da Rua Guaicurus no ano passado e ratificado
em abril de 2013 (em reunião com a PM e com o Conselho de Segurança do
Hipecentro) de implementar uma serie de
medidas eficazes para preservar a vida e a integridade das mulheres.
Ficou claro que: se o estabelecimento onde acontece a prostituição
quer se “apresentar” como “hotel de turismo”, o mínimo que devem fazer a garantir a vida das
pessoas hospedadas e ter um controle de quem entra nesse local, como acontece
em qualquer outro “hotel normal”. A responsabilidade pela segurança e pela integridade
física e moral e pelas pertences das mulheres corresponde aos proprietários desses
estabelecimentos.
As mulheres participantes e a própria Aprosmig insistiram na
necessidade de estabelecer o antes possível uma serie de medidas eficazes para
terminar com a vulnerabilidade que têm dentro dos hotéis. Várias medidas foram
debatidas, entre elas a possibilidade ou não de uma catraca e de uma
identificação das pessoas que entram, de um detector de metais, de alarmes nos
quartos, de câmeras, ou de maior presença de seguranças, garantindo pelo menos
1 segurança em cada um dos andares.
Os donos dos hotéis foram convidados a apresentar sem mais dilação uma proposta de implementação
rápida que garanta a segurança das mulheres na próxima reunião marcada para o
19 de novembro.
Confiamos que este
chamado à responsabilidade dos proprietários
desses estabelecimentos surta efeito.
Agradecemos vivamente o empenho e dedicação da 6ª Companhia do 1° Batalhão da Polícia Militar
(PMMG),nas pessoas do Major Gedir e da Tenente Cristina, para resolver este
grave problema.
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