sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Por maior segurança para as mulheres que batalham no Hipercentro

Na manhã de hoje aconteceu na sede da Associação dos Amigos da rua Guaicurus (A.A.R.G.) uma reunião para debater os problemas de segurança no interior dos hotéis do hipercentro de Bh.

Participaram representantes da Policia Militar, a A.A.R.G., proprietários de alguns hotéis, representantes do Ministério Publico de MG (da Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos) Aprosmig (Associação das Profissionais do Sexo de MG) e Pastoral da Mulher.

A reunião iniciou-se com a análise criminal nos hotéis do hipercentro através de uma pesquisa levantada pela própria Policia Militar,onde se constatavam os distintos fatos criminosos acontecidos nos últimos meses. Chamava especialmente a atenção a falta de transparência de alguns hotéis onde  a pesquisa não mostrava nenhuma ocorrência,não porque nada tivesse acontecido, mas pela falta de comunicação desses dados à PM.

Foram denunciadas algumas situações especificas especialmente graves como problemas de saúde de algumas mulheres que não foram socorridas em seu momento pelo gerente ou por outros funcionários, roubos, furtos e agressões (particularmente em um hotel da de denominada zona boemia onde ao longo das últimas semanas quatro mulheres foram amarradas e correram serio perigo de morte).

Foi lembrado pela Pastoral o incumprimento do compromisso publicamente assumido pela Associação de Amigos da Rua Guaicurus no ano passado e ratificado em abril de 2013 (em reunião com a PM e com o Conselho de Segurança do Hipecentro) de implementar  uma serie de medidas eficazes para preservar a vida e a integridade das mulheres. 

Ficou claro que: se o estabelecimento onde acontece a prostituição quer se “apresentar” como “hotel de turismo”, o mínimo que devem fazer a garantir a vida das pessoas hospedadas e ter um controle de quem entra nesse local, como acontece em qualquer outro “hotel normal”. A responsabilidade pela segurança e pela integridade física  e moral e pelas pertences  das mulheres corresponde aos proprietários desses estabelecimentos.

As mulheres participantes e a própria Aprosmig insistiram na necessidade de estabelecer o antes possível uma serie de medidas eficazes para terminar com a vulnerabilidade que têm dentro dos hotéis. Várias medidas foram debatidas, entre elas a possibilidade ou não de uma catraca e de uma identificação das pessoas que entram, de um detector de metais, de alarmes nos quartos, de câmeras, ou de maior presença de seguranças, garantindo pelo menos 1 segurança  em cada um dos andares.
Os donos dos hotéis foram convidados a apresentar  sem mais dilação uma proposta de implementação rápida que garanta a segurança das mulheres na próxima reunião marcada para o 19 de novembro.

Confiamos que  este chamado à responsabilidade  dos proprietários desses estabelecimentos surta efeito.


Agradecemos vivamente o empenho e dedicação da  6ª Companhia do 1° Batalhão da Polícia Militar (PMMG),nas pessoas do Major Gedir e da Tenente Cristina, para resolver este grave problema.

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