A Rede um Grito pela Vida, de São Paulo realizou no dia 20
de Maio o ENCONTRO DE FORMAÇÃO SOBRE TRÁFICO DE PESSOAS. Foi estudado neste
encontro o IIº Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e a
importância da articulação entre a sociedade civil e o poder público.
Este teve
a assessoria da psicóloga Dra Anália Belisa Ribeiro.
O encontro teve inicio com um momento de espiritualidade
onde foi refletido o texto dos Atos dos Apóstolos 16, 16-29. A partir deste
texto foram lançadas algumas provocações sobre a realidade do tráfico humano
nos dias de hoje. Após o lanche da parte da manhã Dra Anália Ribeiro fez a
colocação sobre o tema em questão.
Ela enfatizou que o Tráfico humano é uma questão pública, de
todos, pois o respeito à dignidade humana deve ser uma política de Estado.
Alguns dos principais desafios por ela foram: organizar e implantar um sistema
de informação. Promover a transparência de informações e criar um sistema de
proteção integrado às testemunhas.
Depois ela fez uma explanação sobre Políticas Públicas
definindo-as como um conjunto de ações coletivas, onde cabe ao Estado promover
ações preventivas contra a exploração sexual, trabalho escravo e tráfico de
órgãos.
É importante, por parte da sociedade, o monitoramento destas
Políticas Públicas. Fortalecendo as redes já existentes no combate a essas
mazelas presentes no contexto mundial, construir sempre mais ações conjuntas e
integradas.
Na parte da tarde Ir. Roseli, apresenta alguns dados da
realidade do Tráfico de Pessoas, que é um universo clandestino, pois é um crime
invisibilizado, dentro de um conjunto de situações onde as vitimas não se
reconhecem como tal. Encontra-se ainda nas leis um vazio na proteção e direitos
da própria vitima.
Esta realidade do Tráfico de Seres Humanos é sustentada pelo
capitalismo que transforma de uma maneira mais aguda pessoas em mercadorias.
Neste contexto, o corpo mais desejado para o Tráfico são adolescentes e
crianças, encaminhando-se assim rumo a uma pedofilização do Tráfico de Seres
Humanos.
Foi apresentada também uma visão geral do Tráfico de
Pessoas, onde 2,45 milhões de pessoas são traficadas (UNODC), sendo que 1,2 são
crianças entre 5 e 15 anos (UNICEF).
A maioria, ou seja, 80% são mulheres e crianças. Ela ainda
sublinhou que em relação ao Tráfico de Pessoas, nas pesquisas o Brasil aparece
como um país de origem, de trânsito e de destino.
Depois, apresentou a
origem da rede Um Grito pela Vida e o trabalho que é realizado em todo o Brasil
e no mundo, por meio da rede internacional Talitha Kum.
Maria de Lourdes e Marinete (Missionárias de Maria
Xaverianas)
Fonte : Rede Um Grito Pela Vida
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