"Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos
direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a
ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece:
ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do
mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter
filhos".
O deputado e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC-SP)
continua causando polêmica após ser eleito presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Agora, internautas compartilham nas
redes sociais uma declaração dada por ele no livro 'Religiões e política; uma
análise da atuação dos parlamentares evangélicos sobre os direitos das mulheres
e LGBTs no Brasil', lançado em 2012.
Na publicação, Feliciano afirma que os direitos das mulheres
atingem a família. "Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos
direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a
ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece:
ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do
mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter
filhos", diz ele na página 155 da publicação.
"Você vê que
essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos"
O pastor ainda acredita que o relacionamento entre pessoas
do mesmo sexo é nocivo para a estrutura familiar. "Eu vejo de uma maneira
sutil atingir a família; quando você estimula as pessoas a liberarem os seus
instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família,
cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade
tende a desaparecer porque ela não gera filhos", completa.
Pressões
A permanência de Marco Feliciano na presidência da Comissão
de Direitos Humanos foi criticada pelo
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e pela Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), nesta quarta (20). O presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves, também pediu que Partido Social Cristão (PSC) reveja a escolha do pastor
para ocupar o posto.
Polêmico
Marco Feliciano tornou-se popular na Internet após tecer comentários
polêmicos contra africanos e LGBTs. Em 2011, em um post no Twitter, Feliciano
afirmou que os "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por
Noé". Depois, em outra ocasião, ele criticou gays e declarou que "o
reto não foi feito para ser penetrado" - além de condenar o relacionamento
entre pessoas do mesmo sexo.
Fonte: iBahia
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