A moradora de Brasília Letícia Peres Mourão acabou
assassinada pela máfia da prostituição espanhola em bar do Guará: morte após
denúncia contra o cafetão
Juristas e integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) do Tráfico de Pessoas, da Câmara dos Deputados, apontam uma legislação
mais detalhada e rigorosa como a melhor forma de combater o tráfico de pessoas,
principalmente a prostituição internacional.
Em um mês, parlamentares
apresentarão um relatório parcial com sugestões de mudanças legislativas. Eles
querem ainda um maior envolvimento da Polícia Federal nas ações contra esse
tipo de crime.
A discussão ocorre no momento em que a novela Salve Jorge,
da TV Globo, retrata o drama de mulheres brasileiras mantidas como escravas
sexuais no exterior. Na trama, a personagem principal é levada à Turquia.
História parecida com a da moradora de Brasília Letícia Peres Mourão, contada
em detalhes no último domingo pelo Correio. Ela acabou morta em 2008, aos 31
anos, por ter denunciado o cafetão à polícia. Letícia era obrigada a fazer até
40 programas sexuais por dia, na Espanha.
Integrantes da comissão estiveram com o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, há duas semanas, quando acertaram a entrega do relatório
e pediram o reforço da PF. Além da exportação de brasileiros e brasileiras para
a Europa, os membros da CPI se preocupam com a prostituição interna, em
especial na área sob a influência das obras de construção da Usina Hidrelétrica
de Belo Monte, no Rio Xingu, próximo a Altamira, no Pará.
Fonte: Correio Braziliense
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