terça-feira, 19 de março de 2013

Congresso e juristas querem lei mais rigorosa sobre tráfico de pessoas


A moradora de Brasília Letícia Peres Mourão acabou assassinada pela máfia da prostituição espanhola em bar do Guará: morte após denúncia contra o cafetão


Juristas e integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas, da Câmara dos Deputados, apontam uma legislação mais detalhada e rigorosa como a melhor forma de combater o tráfico de pessoas, principalmente a prostituição internacional. 

Em um mês, parlamentares apresentarão um relatório parcial com sugestões de mudanças legislativas. Eles querem ainda um maior envolvimento da Polícia Federal nas ações contra esse tipo de crime.


A discussão ocorre no momento em que a novela Salve Jorge, da TV Globo, retrata o drama de mulheres brasileiras mantidas como escravas sexuais no exterior. Na trama, a personagem principal é levada à Turquia. História parecida com a da moradora de Brasília Letícia Peres Mourão, contada em detalhes no último domingo pelo Correio. Ela acabou morta em 2008, aos 31 anos, por ter denunciado o cafetão à polícia. Letícia era obrigada a fazer até 40 programas sexuais por dia, na Espanha.

Integrantes da comissão estiveram com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, há duas semanas, quando acertaram a entrega do relatório e pediram o reforço da PF. Além da exportação de brasileiros e brasileiras para a Europa, os membros da CPI se preocupam com a prostituição interna, em especial na área sob a influência das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, próximo a Altamira, no Pará.
Fonte: Correio Braziliense 

Nenhum comentário: