A Ir. Ivoni Grando,
Coordenadora Provincial das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor abriu o Seminário “Prostituição Feminina: Encantos e
Armadilhas” organizado pela Pastoral da Mulher de Belo Horizonte.
Reproduzimos algumas citações do seu discurso de abertura
Fazer memória do inicio de uma Missão que teve a sua origem
no grito pela vida no ano 1982 no bairro da Lagoinha – aqui em Belo Horizonte é fazer memória da
sensibilidade e audácia de duas pessoas que viveram no século XIX/Europa/Madrid
na era da Revolução Industrial
transcenderam os preconceitos e os estigmas da mulher inserida no
contexto de prostituição. .. Em 1870 nasce a Congregação das Irmãs Oblatas do
Santíssimo Redentor, sendo os fundadores José Benito Serra e Antonia Maria de
Oviedo.
Motivadas por este mesmo ideal as Ir. Oblatas SSmo
Redentor no ano 1982 aqui em Belo Horizonte, aproximam-se desta
realidade no bairro da Lagoinha a
convite do Pe. Tadeu que era então, o Pároco da Igreja Nossa Senhora da
Conceição.
O esforço para compreender e aprofundar os mecanismos que
gera e alimenta a prostituição num contexto de múltipla situação de
desigualdade e injustiça, a prostituição não é uma consequência não desejada e
perniciosa de um bom e adequado sistema social, mas pelo contrario: é a
manifestação visível de uma sociedade patriarcal organizada, injusta e
desigual. Onde a globalização capitalista favorece alguns novos contextos:
indústria mundial do sexo, as redes de informação (Internet) e a nova cultura
do corpo, onde o fenômeno da prostituição se expressa na “mercantilização
sem precedentes" dos seres humanos
e uso dos corpos para o intercâmbio comercial.
Mercado este que,
“quase sempre se dá por indivíduos com certa vulnerabilidade social – seja em
gênero, étnico-raciais ou econômicos, seja em condições migratórias irregulares
com exploração de diferentes formas, e algumas delas é o mercado do sexo, o
mercado de seres humanos a venda, para a exploração sexual de mulheres e muitas
das vezes crianças e adolescentes, trabalho escravo”. Tema do trafico de seres humanos a ser refletido na Campanha da Fraternidade
em 2014, por ocasião da Copa Mundial.
Este seminário é um reconhecimento de que a realidade é
sempre cambiante e que precisamos conhecê-la melhor em suas raízes para poder
intervir com maior eficiência e atuar na sensibilização da sociedade frente a esta realidade social.
A continuação a Coordenadora da Pastoral da Mulher de Belo Horizonte, Isabel C. Brandão Furtado, explicou o sentido e a finalidade deste Seminario no contexto da celebração dos 30 anos da Entidade
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