Falta dinheiro para o combate à exploração sexual de meninos
e meninas. Esta é uma das conclusões da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)
da Câmara dos Deputados que investiga casos de exploração sexual de crianças e
está completando quatro meses de funcionamento.
Até agora, as investigações
feitas pelos deputados mostram que muitas crianças e adolescentes continuam
frágeis vítimas de adultos violentos. Os 26 integrantes da CPI realizaram 13
audiências públicas e visitaram três estados: Ceará, Paraíba e Rio Grande do
Norte.
Para a deputada, o
resultado disso tudo é a impunidade dos agressores. "O orçamento minguado
para a infância e juventude em todos os estados é que traz mais problemas.
Temos visto que a estrutura dos conselhos tutelares também é precária. Cada
município não investe nos conselhos tutelares, o que causa bastante transtorno.
Temos trabalhado na perspectiva de cobrar dos governos maior compromisso com a
infância e a adolescência."
Principais vítimas
Liliam Sá explicou
que o problema ocorre em todos os lugares, dentro das casas e em espaços
públicos, mas que as crianças mais exploradas são aquelas de baixa renda.
Outras vítimas frequentes, segundo a deputada, são as crianças e os jovens que
vivem perto das fronteiras. "Nós temos muitas denúncias de que nossas
meninas estão atravessando as fronteiras, indo até para o Suriname para serem
exploradas sexualmente. As meninas ribeirinhas, as meninas balseiras, que andam
nas balsas, que fazem sexo assim, são exploradas sexualmente por aqueles que
atravessam."
Próximas diligências
No mês de setembro, a
CPI estará em Pernambuco e no Rio de Janeiro para avaliar a situação nesses estados.
A ideia do grupo é chegar a uma proposta de infraestrutura e verbas mínimas
para a proteção das crianças e dos jovens em todo o País. Ainda não há data
prevista para a conclusão do trabalho da CPI.
Fonte: Agência Senado
Nenhum comentário:
Postar um comentário