Coletivo feminista denunciou à
Câmara Municipal violência sofrida por mulheres durante uma festa na cidade,
pedindo aprovação para instalação de tenda de apoio em eventos; parlamentar
pretende se retratar na sessão desta terça.
"Acho que ela queria
realmente ser estuprada". Esta frase foi dita pelo vereador Helder
Evangelista (PHS), na última reunião ordinária da Câmara Municipal de Viçosa,
na Zona da Mata, no dia 15, e motivou um ato organizado pelo Coletivo Feminista
Vacas Profanas, para esta terça-feira (22), contra o parlamentar e "para
denunciar a normatização da cultura do estupro".
Assista ao vídeo do momento em
que o vereador se manifesta na tribuna:
Site prega violência contra as
mulheres e incentiva estupro Professor é
suspeito de abusar de uma aluna com problemas mentaisCarpinteiro acusado de
abusar da filha se apresenta à Polícia CivilPreso jovem que estuprou idosa de
87 anos em IbiáLavrador de Lajinha é preso sob suspeita de estuprar filhaOuvidoria
recebe 51 denúncias de abuso policial no protesto do dia 12
Durante a reunião, uma das
integrantes do coletivo denunciou abusos sofridos por mulheres durante uma
festa na cidade no fim de semana do feriado de 7 de setembro. Ao comentar o
assunto, Evangelista fez uma colocação, entendida pelo grupo feminista, como
"apologia ao estupro".
"Houve uma má interpretação
da coisa. Eu não faço apologia a estuprador, assim como a qualquer crime
hediondo. A minha expressão, o que falei na Câmara foi em relação a um vídeo
que eu recebi, eu não devia ter usado o termo estupro (...) Eu não sou a favor
deste tipo de coisa não. Eu pretendo me retratar na reunião de hoje",
garantiu o vereador.
Pelas redes sociais, o grupo
feminista convoca as mulheres a participarem de uma ocupação da Casa
Legislativa, prevista para o início da noite desta terça-feira (22).
FOTO: REPRODUÇÃO FACEBOOK
Coletivo convoca mulheres para
ocuparem a Câmara Municipal
Ao verificar relatos pelo
Facebook de vítimas de abuso durante o evento na cidade, o coletivo feminista
se reuniu para ajudar as mulheres nessas situações de violência em festas. A
ideia é ter um ponto de apoio de mulheres nas festas. Mas para isso, é
necessária uma liberação da prefeitura.
"Nós entendemos essa fala
como culpabilização da vítima, uma legitimação da violência, que fomos
denunciar. Nada justifica o estupro", afirmou a universitária Indyra
Giácomo, membro do Coletivo.
Fonte: O Tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário