A Pastoral da Mulher participou do ato público no centro de BH . http://zip.net/bnpFst
Para marcar o Dia Internacional contra a Exploração Sexual e
o Tráfico de Mulheres e Crianças, celebrado todos os anos no dia 23 de
setembro, vários estados brasileiros promoveram, ao longo desta semana, ações
de mobilização para prevenção à exploração sexual e o tráfico de pessoas.
Dentre as ações, destacam-se as realizações de reuniões, seminários e atos
públicos.
A Campanha Coração Azul, promovida no mundo todo pela
Organização das Nações Unidas, é apoiada pelo Ministério da Justiça. A
iniciativa busca conscientizar a sociedade e serve de inspiração para medidas
que ajudem a acabar com o tráfico de pessoas. A ação também permite que todas
as pessoas demonstrem sua solidariedade com as vítimas do tráfico de pessoas,
usando o Coração Azul.
O Coração Azul representa a tristeza das vítimas do tráfico
de pessoas e nos lembra da insensibilidade daqueles que compram e vendem outros
seres humanos. O uso da cor azul das Nações Unidas também demonstra o
compromisso da Organização com a luta contra esse crime que atenta contra a
dignidade humana.
Da mesma forma que a fita vermelha se tornou o símbolo
internacional da conscientização sobre o HIV/aids, esta campanha busca fazer do
Coração Azul o símbolo internacional da luta contra o tráfico de pessoas.
O Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico
de Mulheres e Crianças surgiu a partir da promulgação da Lei Palácios, há 95
anos, exatamente no dia 23 de setembro de 1913, na Argentina. A lei foi criada
para punir quem promovesse ou facilitasse a prostituição e corrupção de menores
de idade e inspirou outros países a protegerem sua população, sobretudo
mulheres e crianças, contra a exploração sexual e o tráfico de pessoas. Assim,
guiado pelo exemplo argentino, no dia 23 de setembro de 1999, os países
participantes da Conferência Mundial de Coligação contra o Tráfico de Mulheres
escolheram a data como o Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o
Tráfico de Mulheres e Crianças.
O Ministério da Justiça aderiu à iniciativa em parceria com
o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC). A campanha mundial agora tem
a sua versão brasileira para mobilizar a sociedade contra esse crime.
Relatórios oficiais mostram que há mais de dois milhões de vítimas traficadas
no mundo.
Para o ministro da Justiça, a campanha põe em prática um dos
principais compromissos do II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas, recentemente lançado: “O mais importante é sempre evitar o crime. A
prevenção será estimulada com a campanha, para que as pessoas tomem
consciência, denunciem e permitam ao Estado articular suas ações de repressão e
de proteção às vítimas”.
Em maio de 2013, o ministro José Eduardo Cardozo, o
diretor-executivo do UNODC, Yury Fedotov, e a cantora Ivete Sangalo lançaram a
campanha deste ano. A cantora foi escolhida embaixadora da campanha no Brasil.
Uma das peças da campanha é um vídeo produzido pela Rede Globo com a
participação da cantora.
Com o slogan “Liberdade não se compra. Dignidade não se
Vende. Denuncie o Tráfico de Pessoas”, a campanha brasileira insere o Brasil na
mobilização internacional contra esse crime.
Para o secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, o uso do
coração azul como símbolo comum e universal permite ampla mobilização social
mas, principalmente, permite identificar onde existem centros de apoio e de
denúncia. Paulo Abrão explica que as frases escolhidas para a marca da campanha
no Brasil são a reafirmação da sociedade brasileira de que seres humanos não
são mercadorias e a determinação do governo de combater o tráfico de pessoas.
Fonte: Ministério de Justiça
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