Movimentos sociais críticos com a organização da Copa do
Mundo de Futebol no Brasil convocaram para esta quinta-feira, dia da abertura,
manifestações em sete cidades sede: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Juiz
de Fora, Porto Alegre, Recife, Rio de
Janeiro e São Paulo.
São Paulo receberá
a partida de abertura entre Brasil e Croácia no Itaquerão que é de onde se
preveem mais protestos. Foi convocado um movimento que leva o lema de 'Se não
tiver direitos, não vai ter Copa' e se prevê organizar uma marcha a pé até o
estádio com cerca de 3.000 pessoas,
segundo informa o diário 'Folha de São Paulo'.
Além disso, o
Comitê Popular da Copa convocou ao meio-dia o ato 'Manifest' e para a semana
seguinte, no dia 19 se arquiteta a manifestação 'Não vai ter tarifa'. Os
manifestos estão sendo organizados pelo Movimento Passe Livre, responsável pelo
início das manifestações do ano passado contra as subidas do preço do metrô.
No Rio de Janeiro
foram convocadas duas manifestações; uma no centro e outra na estação de metrô
Cardeal Arcoverde, próxima ao recinto Fifa Fã Fest na praia de Copacabana, onde
se espera que se reúnam até 20.000 pessoas para ver os jogos em uma tela
gigante.
Os manifestantes
protestam contra os elevados custos da Copa e a corrupção da classe política, e
pedem por melhoras nos investimentos em saúde, educação, segurança e transporte
público. Ainda que não são previstos protestos muito numerosos, é possível que
se vejam reforçadas por grupos de trabalhadores que foram à greve nas últimas
semanas.
Estas são as reivindicações em Belo Horizonte:
- Pelo fim das remoções forçadas e pela garantia do direito
à cidade e à moradia adequada a todos e todas. Exigimos a realocação
chave-a-chave de todas as famílias removidas!
- Pelo direito a livre manifestação e contra a
criminalização do protesto e dos movimentos sociais.
- Em apoio aos funcionários da rede Pública Municipal de
Belo Horizonte.
- Pelo transporte gratuito e de qualidade. Tarifa Zero é
mais!
- Pela desmilitarização da polícia, porque uma sociedade
justa e democrática não se constrói com morte e repressão.
- Pela economia popular exigimos o direito ao trabalho
ambulante e a expressão da cultura popular. Volta tropeirão! Dignidade aos
barraqueiros do mineirão e feirantes do mineirinho.
- Pelos direitos humanos e dignidade da população em
situação de rua. Exigimos o fim da violência institucional contra o povo da
rua, o direito de ir, vir e permanecer no espaço público e políticas públicas
para garantir trabalho e albergues dignos.
- Pelo fim das mortes de operários em obras de
infraestrutura, exigimos pensão vitalícia para as famílias dos operários mortos
e incapacitados em acidentes de trabalho e a responsabilização das
construtoras!
- Em defesa das profissionais do sexo, contra a exploração
sexual e violência contra a comunidade LGBTT. Exigimos políticas sérias de
prevenção e combate à exploração sexual e ao tráfico de pessoas, com campanhas
nas escolas da rede pública, rede hoteleira, proximidades dos estádios e nas
regiões turísticas, incluindo a capacitação dos profissionais do turismo e da
rede hoteleira e o fortalecimento e ampliação das políticas de promoção dos
direitos de mulheres, crianças e adolescentes e população LGBT.
- Contra os gastos abusivos da Copa, exigimos auditoria
popular da dívida pública e das privatizações ocorridas nos três níveis de
governo.
- Exigimos a revogação da Lei Geral da Copa, que fere a
soberania brasileira em nome da FIFA.
- Pela democratização dos meios de comunicação.
- Em apoio as greves no pais!!
Atividades:
- Copelada (em protesto à elitização do futebol)
- Quadrilha (em protesto à proibição de festas populares
durante a copa)
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