Dois irmãos, proprietários do imóvel, e o gerente do
prostíbulo foram detidos em flagrante; trio alegou que no estabelecimento
funcionavam um bar e um motel.
Uma casa de prostituição de alto luxo foi descoberta no
bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, nessa semana. Dois
irmãos, donos do imóvel, e o gerente do local foram presos.
De acordo com a delegada Cristina Ferreira Lopes, a denúncia
chegou à Polícia Civil por meio do Ministério Público de Minas Gerais. Iniciada
a investigação, a polícia descobriu que o local, conhecido como
"Fascinação Scotch bar", funcionava desde 1998, na rua Mato Grosso.
Na última terça-feira (10), a polícia esteve no local e
prendeu os irmão José Carlos Souza Sá, 40, Maria de Souza Sá, 39, e o gerente
Marcos Ribeiro Pereira, 38. No dia da abordagem, 15 mulheres, entre 18 e 25
anos, estavam na casa, sendo que quatro faziam programas. Outros 20 homens
clientes estavam no local, que possui bar. Cerca de R$ 4.000 foram apreendidos,
assim como camisinhas e um computador.
Ainda, segundo a investigação, eram cobrados R$ 60 aos
clientes para entrar no estabelecimento e R$ 270 pelo programa. Todo dinheiro
era recebido por Pereira, que depois pagava as meninas.
"É uma casa comum, não levanta suspeitas", afirmou
Cristina. A casa, que funcionava ao lado de uma escola, foi fechada pela
polícia e o trio pode pegar 15 anos de prisão cada. Os suspeitos usavam um
cartão de visitas de um lava-jato, com a inscrição "Souza e Sá" para
divulgar o prostíbulo.
Os três suspeitos alegaram à polícia que no imóvel
funcionavam um bar e um motel, com expediente das 14h às 22h. Os clientes eram
pessoas que trabalhavam e/ou moravam na redondeza. As mulheres que trabalhavam
no local confirmaram realizar os programas, mas disseram que não se sentiam
lesadas.
Lei
De acordo com o Código Penal Brasileiro, uma pessoa se
prostituir não é crime. O delito é ganhar dinheiro com a exploração sexual e/ou
manter um local para isso.
Fonte: O Tempo
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