Outdoor fica localizado na Avenida Raul Lopes, próximo á Universidade Federal do Piauí
A boate Copacabana Show, localizada no Dirceu, e que começou
a ser investigada durante a Operação Aspásia em 2012, está anunciando sua
reabertura em outdoors espalhados em pontos estratégicos da cidade.
O
proprietário do estabelecimento, Carlos Alberto da Silva Passos, foi um dos
presos durante a ação da polícia por acusação de favorecimento à prostituição,
tráfico interno de pessoas e formação de quadrilha.
Segundo o Ministério Público, o funcionamento da casa
enquanto estabelecimento comercial é legal, mas se ficar comprovado qualquer
desvio de funcionalidade ou ligação com atividades ilícitas, o órgão irá
intervir diretamente. "A casa de show não ficou lacrada com a abertura do
processo, ou seja, ela pode voltar a funcionar porque é um negócio. O que
implicou na investigação foram as atividades desenvolvidas lá dentro, não o
local em si", explica a promotora Vera Lúcia Santos que acompanhou o caso
junto à Polícia Civil.
Com relação à publicidade feita pelas ruas de Teresina, o MP
disse que se nos outdoors não estiver explícita a prática da exploração sexual,
a propaganda está dentro da legalidade. "O Ministério vai monitorar os
locais onde essa publicidade está sendo feita e avaliar o conteúdo veiculado
nela", diz. Em caso de comprovação de ligação com o crime, será pedida
novamente a interdição do estabelecimento.
A mensagem repassada pelo outdoor alia o slogan da casa de
show que é "diversão e prazer", às fotos de mulheres seminuas e em
poses sensuais. Elas são anunciadas como modelos internacionais.
Sobre o processo de julgamento dos presos na Operação
Aspásia, o juiz da 7º Vara Criminal, Almir Alib Tajra, informou que, no
momento, a Justiça aguarda a apresentação do último réu que ainda não foi
encontrado. "Houve realmente um atraso, mas o processo não está parado. O
que acontece é que são 13 acusados ao todo e cada um tem um prazo de no mínimo
10 dias para apresentar sua defesa. É um direito deles. Enquanto esses
procedimentos legais não forem cumpridos, nós não podemos dar prosseguimento à
ação", explica.
O juiz informa que assim que o último réu se apresentar, o
que, segundo ele, não deve demorar, o MP será notificado e uma audiência será
marcada para análise dos autos e distribuição das medidas penais. "Até lá,
é possível que a casa de show reabra e funcione, mas se for comprovada ligação
com qualquer tipo de crime, aí sim, a Justiça entra em ação e pede o fechamento
do local", diz.
A promotora Vera Lúcia destacou que essa demora no andamento
dos processos pode acarretar no descumprimento do prazo para o início dos
julgamentos. Para ela, isso representa um risco e a garantia de impunidade por
parte dos acusados. A promotora diz que os advogados dos réus aproveitam a
morosidade da justiça para entrar com o máximo de recursos possíveis e usa o
própria lentidão no processo como argumento de defesa.
Além da casa de show que faz anúncio no outdoor, outra que
também foi investigada - a Beth Cuzcuz - já está há muito tempo distribuindo
panfletos pelas ruas de Teresina. A mensagem é a mesma, com fotos de mulheres
seminuas e em poses sensuais, sendo anunciadas como modelos.
Fonte:www.portalodia.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário