Ministério do Turismo reforça ações para enfrentar o
problema, entre elas o Disque 100.
As estratégias para enfrentar a prevenção da exploração
sexual de crianças e adolescentes no turismo foram debatidas nesse sábado (7)
na 41º edição da Feira de Turismo das Américas, em São Paulo.
O coordenador geral de Turismo Sustentável e Infância do
Ministério do Turismo, Adelino Neto, falou sobre a importância de um canal direto
de comunicação entre a sociedade e o poder público, o disque 100, que atende e
encaminha denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes.
“Pretendo sensibilizar e estimular representantes do turismo
a enfrentar crimes como estes”, disse o coordenador. Para isso, é necessário
mobilizar toda a cadeia do turismo, especialmente aqueles que estão em contato
direto com os turistas, como taxistas, recepcionistas de hotéis, garçons e
agentes de viagem.
No Brasil, a exploração sexual de crianças e adolescentes
ocorre principalmente em regiões litorâneas, em fronteiras estaduais e
internacionais. A criança explorada em geral é pobre e tem baixa escolaridade,
e pode ser conduzida à prostituição pelos próprios parentes, em busca de
melhores condições de vida. O explorador costuma ser do sexo masculino, tem
entre 20 e 40 anos e viaja sozinho ou na companhia de outros homens.
No ano passado, foram registradas 18,3 mil denúncias no
país, e, em 2011, 10,2 mil denúncias. O estado que apresentou o maior número de
denúncias foi o Rio de Janeiro (1951), seguido pela Bahia (1942) e por São
Paulo (1826). Os dados são da Secretaria de Direitos Humanos. “Existem mais de
70 mil sites que oferecem pacotes de viagem para o Brasil onde está explícito
ou induz o turista a acreditar que as crianças, meninas e até mesmo mulheres
estão disponíveis”, disse Adelino.
Fonte: Primeira Edição
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