A menos de um ano da Copa do Mundo de 2014, situações de
violações de direitos humanos se intensificam nas 11 cidades-sedes dos jogos.
A
manifestação mais recente é de Curitiba e Região Metropolitana, que estão
convidando os meios de comunicação para uma coletiva de imprensa na
quarta-feira (11), na reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) a fim
de divulgar um dossiê que reúne os problemas enfrentados pela população em
decorrência do megaevento.
O documento elenca oito tipos de violações cometidas na
execução de projetos ligados ao evento. A falta de aceso à informação e de
participação social nas decisões estão presentes na maioria dos casos. A
prefeitura municipal e o governo estadual não abriram espaço de diálogo sobre
os investimentos e obras da Copa, gerando insegurança e desinformação dos
próprios órgãos públicos, resultando no desvio de recursos públicos para a
propriedade privada.
Outras cidades-sede estão sistematizando suas denúncias a
fim de fortalecer a mobilização e o diálogo com os órgãos públicos. Para
observar como os moradores desses estados estão se organizando para não ficarem
de fora da Copa, a Agência Pública criou um projeto chamado #CopaPública, no
qual é possível ver como a população brasileira está sendo afetada por esses
preparativos. No endereço http://www.apublica.org/category/copa-publica/
podemos conhecer a situação da Lagoa da Pampulha, um dos principais pontos
turísticos de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e que sofre com altos índices de
poluição e com a possibilidade de ser "maquiada” com a chegada do evento
de futebol.
Outras histórias que podem ser lidas no site é a história de
uma família pernambucana que ficou sem casa e trabalho com a demolição da casa
onde todos moravam, localizada no terreno das obras de mobilidade urbana da
capital, Recife, e o caso da construção do Acquário Ceará, que causa embate
entre os movimentos sociais e o governo estadual, devido ao grande investimento
e impactos ambientais da obra, em detrimento da situação precária de outros
setores, como educação, saúde e segurança.
Fonte: adital
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