A professora Wanda Deifelt, do Luther College, de Decorah,
Iowa, revelou, no painel sobre Tarefas da Teologia na América Latina, no I
Congresso Internacional da Faculdades EST, que o tráfico humano é a segunda
fonte de riquezas no mundo, atrás apenas do narcotráfico.
“Identificar que essa realidade está ao nosso redor, sendo
vivenciada inclusive aqui em São Leopoldo, também é tarefa da teologia”, disse.
Wanda destacou que a teologia está desafiada a oferecer esperança numa
sociedade individualista, a nomear a realidade e explica-la a todos.
“Não precisamos cometer suicídio intelectual para sermos
cristãos, porque a nossa fé busca compreensão”, destacou no mesmo painel o
professor da Universidade de Stellenbosch, Nico Koopman, da África do Sul, ao
afirmar a necessidade da religião e da ciência “cantarem juntas um dueto” ao
invés de duelarem entre si.
Advindo da tradição reformada, Koopman enalteceu a
importância da religião fomentar e promover a dignidade humana no contexto da
integridade da Criação. “A religião que gostaríamos de vivenciar na esfera
pública também precisa conviver com a realidade dual, ou seja, reconhecer a
diversidade de etnias, gêneros, confissões e nacionalidades”, frisou.
Oferecendo eco às declarações de Koppmann, o presidente da
Associação Mundial para a Comunicação Cristã, Dennis Smith, argumentou que o
reconhecimento da diferença pode fazer com que “encontremos em outra expressão
de fé algo que nos complete, sem abandonarmos o específico da nossa própria
religiosidade.”
Ao direcionar sua mirada para o contexto latino-americano,
mas também global, Wanda Deifelt agregou que a teologia precisa promover a
esperança, ser contextualizada, profética e dialogal. Além disso, pontuou, ela
está diretamente relacionada aos espaços que a pessoa ocupa, seja o corpo
físico, o corpo social, o corpo eclesiástico ou o corpo cósmico.
Na análise da professora do Luther College, pensar a
teologia em termos dialogais significa ir ao encontro das diferenças para que
“possamos pensar além daquilo que é previsto”.
Fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
(ALC) - Micael Vier B.
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