Parlamentares e servidores
confirmam que a presença de garotas de programa na Casa é algo comum.
Assessores também recebem propostas.
As discussões sobre impeachment,
protestos, arranjos políticos e votações não foram os únicos assuntos a dominar
a pauta desta quinta-feira (31/3) na Câmara. Deputados, assessores, servidores
efetivos e comissionados comentavam a reportagem do Metrópoles sobre a
prostituta flagrada com um cliente em um banheiro da Casa. Embora as imagens
tenham chocado os internautas, parlamentares debocharam do episódio e disseram
que a situação não é rara nas dependências do Legislativo federal.
Dois deputados do PMDB — que
pediram para não ser identificados — comentaram o caso. Um deles foi irônico:
“Ainda não tinha visto as fotos. Ela é bonita? Tem bons atributos?”. Ao ver as
imagens da garota de programa em poses eróticas e fazendo sexo oral, o
parlamentar revelou que a prática é antiga na Câmara. “Não é novidade. É
rotina.”
Uma pessoa que frequenta a
Câmara, já tinha conhecimento do caso relatado pelo Metrópoles, ela acredita
que as fotos não foram tiradas durante o expediente normal. “Deve ter ocorrido
à noite. Um segurança, talvez?”
Esse mesmo visitante foi ácido na
crítica: “A prostituição de verdade acontece é dentro dos gabinetes”, comparou.
Um outro deputado federal pediu
para ver as fotos, que circularam em grupos de WhatsApp, e gargalhou: “Bonita a
moça”.
Um servidor confirmou as
informações e disse que é comum os assessores de gabinetes receberem e-mails de
empresas oferecendo acompanhantes. “Muitas vezes, os assessores parlamentares
fazem a intermediação para o chefe. Os assessores aqui fazem tudo para os
deputados. Só no ano passado, recebi cinco e-mails oferecendo acompanhantes
bilíngues e disponíveis em qualquer época do ano”, ressaltou.
Calcinha no plenário
“A prostituição sempre existiu
aqui dentro. Já encontramos calcinha em um dos plenários. Até pensaram que era
o pessoal da limpeza, mas depois descobrimos que era de uma servidora. Como
sempre, abafaram o caso”, relatou uma funcionária que não quis se identificar.
Um vídeo com as cenas de sexo
circula entre os servidores. “Eu vi a gravação e não fiquei surpresa. Aqui eles
pensam que quem faz isso são os mais humildes, mas todo mundo sabe é coisa de
‘peixe grande'”, confidenciou outra trabalhadora.
A reportagem conseguiu o telefone
da moça que aparece nas fotos acima e confirmou que ela é garota de programa. O
cachê chega a R$ 1 mil, a depender do local de atendimento e do tempo em que
ela estará à disposição do cliente.
A desinibida visitante foi
fotografada, entre fevereiro e março deste ano, na porta de entrada que dá
acesso às comissões e dentro do banheiro masculino do local. Ela aparece na
companhia de um homem não identificado, que traja um terno preto.
Investigação
O Departamento de Polícia da
Câmara dos Deputados (Depol) informou
que está averiguando as informações para, posteriormente, avaliar quais
providências podem ser tomadas. A Câmara esclareceu que, para entrar no local,
o cidadão precisa apenas apresentar um documento de identificação.
Fonte: Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário