terça-feira, 29 de março de 2016

Cidade chilena de Iquiaque cria curso de 'desprincesamento' para meninas

Para quebrar padrões de gênero, o Escritório de Proteção de Direitos da Infância de Iquiaque, no norte do Chile, resolveu inovar: criou um seminário de "desprincesamento".


Segundo o site El Salvador a atividade é voltada para meninas entre 9 e 15 anos da idade.

"Buscamos dar a elas ferramentas para que elas cresçam como meninas livres de preconceitos, empoderadas e com a convicção de que são capazes de mudar o mundo, e que não precisam de um homem do lado para isso", explica o coordenador do Escritório de Proteção de Direitos da Infância do município, Yury Bustamante ao Mirador de Atarfe.


Entre as atividades, que são desenvolvidas em seis módulos na Casa de Cultura da cidade, há debates, aulas de defesa pessoal, cantorias e atividades manuais. Tudo com o objetivo de que as meninas reflitam sobre o conceito de ser mulher, beleza e felicidade, sem que haja um "príncipe" (ou uma "metade da laranja", "alma gêmea", "tampa da panela") embutido nesse conceito.

"A ideia é por em questão as ideias legitimadas pelos contos de fadas e pelos filmes clássicos da Disney, entre outras expressões", afirma o La Voz.

Ao periódico argentino, Bustamante disse que deseja "abrir espaços de discussão com as meninas sobre desigualdade de gênero, mas com elementos que elas possam identificar, para que elas tenham uma oportunidade de incorporar outros elementos na construção de sua identidade como meninas".

E a atividade foi sucesso: segundo o El Patagónico, as 20 vagas disponibilizadas foram preenchidas rapidamente e já foram registrados pedidos que a oficina se repita ao longo do ano.

Um dos países mais estáveis da América Latina, o Chile também trabalha duro para inserir mais mulheres em seu mercado de trabalho. Segundo o governo, o país conta com uma das taxas mais baixas de participação feminina no mercado de trabalho no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas do país, entre novembro de 2014 e janeiro de 2015, 48,3% das mulheres maiores de 15 anos se declarou trabalhando ou em busca de emprego. Na mesma pesquisa, contrasta a participação masculina no mercado de trabalho: 72%.
Fonte: Brasil Post


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