Nesta quinta-feira (11) a equipe
de policiais civis da Delegacia de Polícia de Maracaju prendeu Nereide Ferreira
Buchmann de 48 anos, Lilian Pires dos Santos (37) e Luciana Amaral Gomes (39)
em razão da prática de Tráfico Internacional de adolescentes para exploração
sexual, favorecimento à prostituição e cárcere privado.
Segundo as investigações, a
Polícia Militar atendeu à solicitação de duas adolescentes paraguaias de 17 e
16 anos que informaram terem sido trazidas a Maracaju para trabalharem em um
restaurante, porém foram levadas a uma boate onde exigiram que realizassem
programas sexuais.
As adolescentes alegaram que não
poderiam fazer os programas por estarem em período menstrual e pediram para
retornar para sua cidade natal, porém os proprietários do estabelecimento a
impediram de sair do local alegando que teriam que pagar uma quantia em
dinheiro ou trabalhar por um mês para pagar as despesas.
Para fugirem do local, as
adolescentes alegaram que iriam em uma farmácia e logo retornariam, porém ao
chegarem no Bairro Nenê Fernandes pediram ajuda da Polícia Militar e Conselho
Tutelar.
De posse das características
repassadas pelas vítimas, os investigadores de polícia prenderam Nereide e
Luciana que, segundo as vítimas, na última terça-feira (09) foram até a cidade
de Pedro Juan Caballero no Paraguai em uma camionete de cor prata e contrataram
as adolescentes alegando que elas iriam trabalhar em um restaurante.
Após a prisão, a equipe de
policiais civis foram até a boate Champanhe que fica localizada nas imediações
da antiga saída para Sidrolândia, a casa é de propriedade de Nereide, onde a
polícia encontrou outras duas paraguaias que informaram estarem se prostituindo
naquele local e que também foram trazidas por Luciana e Nereide de seu país de
origem para serem exploradas em Maracaju, momento em que Lilian, a gerente do
estabelecimento, também foi presa.
As roupas e demais pertences
pessoais das vítimas foram encontrados em um dos quartos da boate onde também
foram encontrados documentos falsos que foram entregues às vítimas para que
pudessem alegar serem brasileiras e maiores de idade.
As indiciadas Nereide e Luciana
confirmaram terem trazido as paraguaias para esta cidade para trabalhar como
garçonete no bar daquela boate e negaram terem conhecimento da menoridade das
vítimas e que elas realizassem programas sexuais no estabelecimento, bem como
negaram que elas fossem impedidas de sair do local, mesmo assim elas foram
presas e vão responder pelos crimes de exploração sexual, favorecimento à
prostituição e cárcere privado.
Fonte: http://www.fatimanews.com.br/
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