O papa Francisco mudou a tradição
de séculos que bania mulheres da cerimônia de lava-pés, realizada durante a
Quaresma, irritando conservadores e agradando ativistas dos direitos femininos.
Por muito tempo o ritual da
Quinta-Feira Santa incluiu a participação de apenas 12 homens, relembrando o
gesto de Jesus com os 12 apóstolos na Última Ceia.
Em carta enviada ao prefeito da
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Robert Sarah,
Francisco considerou que não deverão ser escolhidos apenas homens para o rito
litúrgico e que seja possível "os pastores da Igreja poderem escolher os
participantes do rito entre todos os membros do Povo de Deus" -ou seja,
mulheres também.
Apesar de ser datado de 20 de
dezembro, o texto se tornou público nesta quinta-feira (21) e nele o pontífice
recomendou que seja dada aos fiéis "uma adequada explicação sobre o
significado desse rito".
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Nesta quinta, o Vaticano também
publicou os documentos da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos
Sacramentos de 6 de janeiro, que autorizam essas mudanças requeridas pelo
pontífice para que nessa cerimônia possam participar "homens, mulheres,
jovens, idosos, saudáveis, doentes, consagrados e laicos".
O lava-pés para a missa de
"In Coena Domini", da Quinta-Feira Santa, prevê a lavagem a
"Dodici uomini scelti" (Doze homens selecionados).
No ano passado, o papa já tinha
quebrado essa norma quando lavou os pés de 12 detentos, seis mulheres e seis
homens -incluindo um brasileiro-, que cumpriam pena na Penitenciária de
Rebibbia, em Roma.
Em 2014, o papa argentino lavou
os pés de 12 pessoas com deficiência, incluindo um menino líbio muçulmano, em
uma cerimônia em uma igreja na periferia de Roma.
Na ocasião, Francisco também
lavou os pés de um bebê.
Fonte: O Tempo
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