A garota tem 14 anos e vive no
Paquistão. Ela soube dos perigos do casamento infantil quando tinha apenas 10.
A ação da jovem consiste em bater
de casa em casa conscientizando as famílias sobre o casamento forçado.
Há 65 anos, o Paquistão assinou
uma declaração admitindo que o casamento infantil é uma violação dos direitos
humanos básicos, mas, de acordo com estimativas recentes, uma em cada três
meninas é submetida ao matrimônio compulsório antes do 18º aniversário.
A fiscalização é difícil: as
uniões, especialmente nas zonas rurais, não são declaradas. Isso significa que,
enquanto deveria haver punições de até três anos de prisão e a libertação
dessas jovens, nada é feito.
"É uma sociedade patriarcal.
Muitas meninas não recebem seus direitos. Eu tento espalhar a consciência
sempre que posso, especialmente para os pais, mas não é fácil", explica
Hadiqa.
E não é mesmo: para muitos dos
amigos dela, os pais se sentem pressionados a dar suas filhas pré-adolescentes
para resolver disputas, ganhar autoridade na área e para "manter a linha
da família".
O resultado são meninas de 10, 11,
12 anos sendo submetidas a abusos sexuais e violência.
Esperamos que Malalas e Hadiqas
continuem inspirando o mundo a se tornar um lugar melhor.
Fonte: Brasil Post
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