terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Dia Mundial de Luta contra a Aids |

O dia 1º de dezembro foi internacionalmente instituído como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento, além de demonstrar o esforço mundial para a conscientização e solidariedade com as pessoas que vivem com HIV.


A aids, ou síndrome da imunodeficiência adquirida, consiste em uma deterioração progressiva do sistema imunológico, decorrente da infecção por um vírus denominado HIV. A deficiência das defesas naturais do organismo o torna suscetível a infecções oportunistas, tumores e, ainda, a manifestações causadas pelo próprio vírus. A transmissão do HIV pode acontecer por três vias principais:

1) Relações sexuais de qualquer natureza;
2) Contato com sangue contaminado, a exemplo de transfusões sem o devido controle de qualidade, de acidentes com material perfurocortante e do compartilhamento de agulhas e seringas, sobretudo entre usuários de drogas ilícitas;
3) Transmissão perinatal, na qual a mãe transmite o vírus ao bebê na hora do parto ou por meio da amamentação.

Por outro lado, convém destacar que não se adquire o vírus pelo convívio social com os portadores, como compartilhar utensílios domésticos, usar o mesmo banheiro, beijar e abraçar. Também não existe transmissão por picadas de insetos.

Para o diagnóstico correto e preciso da doença, devem ser realizados exames de sangue específicos para a detecção do vírus ou de anticorpos que o organismo produz contra ele.
Os sintomas da doença variam de acordo com o momento de sua evolução. Logo após o contágio, podem surgir febre, dores musculares, dor de cabeça e de garganta e aumento dos gânglios linfáticos.

Depois da resolução desse quadro, segue-se um longo período assintomático, que pode durar até 10 anos. É comum que essa fase de estabilidade se encerre com o aparecimento de diarréia crônica, candidíase oral (o popular “sapinho”), emagrecimento exagerado, herpes zoster e pneumonias repetidas. Se o tratamento adequado não é iniciado nesse momento, podem ocorrer infecções graves e generalizadas, que rapidamente levam a óbito.

O tratamento disponível ainda não consegue eliminar definitivamente o HIV, porém se mostra eficaz no controle da doença. Consiste no uso contínuo de medicamentos – conhecidos como antirretrovirais – que agem na redução da carga viral e na reconstituição do sistema imunológico, interrompendo a progressão da síndrome. O tratamento ainda inclui estratégias diversas para prevenir infecções oportunistas, com vacinas, medicamentos e cuidados gerais, proporcionando melhora na qualidade de vida e maior sobrevida das pessoas que vivem com HIV.

Para evitar a transmissão da aids, é sempre importante a informação e o conhecimento sobre a doença. Recomenda-se o uso de preservativo em qualquer relação sexual, de seringas e agulhas descartáveis, além do controle de qualidade rigoroso em bancos de sangue e o uso de equipamentos de proteção, como luvas e óculos, em situações de risco. As gestantes podem reduzir muito a chance de passar o vírus para seus bebês com um pré-natal adequado e a adesão, durante a gravidez, ao tratamento com antirretrovirais, devendo ainda seguir os cuidados recomendados pela equipe médica antes e depois do nascimento da criança.

Apesar de atualmente dispormos de tratamento eficaz, a prevenção é fundamental. O sucesso terapêutico depende da adesão sem falhas aos medicamentos prescritos, aos exames solicitados e às consultas de acompanhamento médico. Existem efeitos colaterais importantes decorrentes do uso dos antirretrovirais em longo prazo, além da possibilidade de que o vírus se torne resistente à ação dos medicamentos.

Assim, duas são as mensagens para quem não tem HIV, simbolizadas por esta data: em primeiro lugar, seja consciente e não descuide da prevenção. Em segundo, abandonando o preconceito, você já contribui muito para a luta contra a aids e para a qualidade de vida das pessoas que com ela convivem.


Fonte: http://www.weinmann.com.br/

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