O dia 1º de dezembro foi
internacionalmente instituído como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data
reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso ao
tratamento, além de demonstrar o esforço mundial para a conscientização e
solidariedade com as pessoas que vivem com HIV.
A aids, ou síndrome da
imunodeficiência adquirida, consiste em uma deterioração progressiva do sistema
imunológico, decorrente da infecção por um vírus denominado HIV. A deficiência
das defesas naturais do organismo o torna suscetível a infecções oportunistas,
tumores e, ainda, a manifestações causadas pelo próprio vírus. A transmissão do
HIV pode acontecer por três vias principais:
1) Relações sexuais de qualquer
natureza;
2) Contato com sangue
contaminado, a exemplo de transfusões sem o devido controle de qualidade, de
acidentes com material perfurocortante e do compartilhamento de agulhas e seringas,
sobretudo entre usuários de drogas ilícitas;
3) Transmissão perinatal, na qual
a mãe transmite o vírus ao bebê na hora do parto ou por meio da amamentação.
Por outro lado, convém destacar
que não se adquire o vírus pelo convívio social com os portadores, como
compartilhar utensílios domésticos, usar o mesmo banheiro, beijar e abraçar.
Também não existe transmissão por picadas de insetos.
Para o diagnóstico correto e
preciso da doença, devem ser realizados exames de sangue específicos para a
detecção do vírus ou de anticorpos que o organismo produz contra ele.
Os sintomas da doença variam de
acordo com o momento de sua evolução. Logo após o contágio, podem surgir febre,
dores musculares, dor de cabeça e de garganta e aumento dos gânglios linfáticos.
Depois da resolução desse quadro,
segue-se um longo período assintomático, que pode durar até 10 anos. É comum
que essa fase de estabilidade se encerre com o aparecimento de diarréia
crônica, candidíase oral (o popular “sapinho”), emagrecimento exagerado, herpes
zoster e pneumonias repetidas. Se o tratamento adequado não é iniciado nesse
momento, podem ocorrer infecções graves e generalizadas, que rapidamente levam
a óbito.
O tratamento disponível ainda não
consegue eliminar definitivamente o HIV, porém se mostra eficaz no controle da
doença. Consiste no uso contínuo de medicamentos – conhecidos como
antirretrovirais – que agem na redução da carga viral e na reconstituição do
sistema imunológico, interrompendo a progressão da síndrome. O tratamento ainda
inclui estratégias diversas para prevenir infecções oportunistas, com vacinas,
medicamentos e cuidados gerais, proporcionando melhora na qualidade de vida e
maior sobrevida das pessoas que vivem com HIV.
Para evitar a transmissão da
aids, é sempre importante a informação e o conhecimento sobre a doença.
Recomenda-se o uso de preservativo em qualquer relação sexual, de seringas e
agulhas descartáveis, além do controle de qualidade rigoroso em bancos de
sangue e o uso de equipamentos de proteção, como luvas e óculos, em situações
de risco. As gestantes podem reduzir muito a chance de passar o vírus para seus
bebês com um pré-natal adequado e a adesão, durante a gravidez, ao tratamento
com antirretrovirais, devendo ainda seguir os cuidados recomendados pela equipe
médica antes e depois do nascimento da criança.
Apesar de atualmente dispormos de
tratamento eficaz, a prevenção é fundamental. O sucesso terapêutico depende da
adesão sem falhas aos medicamentos prescritos, aos exames solicitados e às
consultas de acompanhamento médico. Existem efeitos colaterais importantes
decorrentes do uso dos antirretrovirais em longo prazo, além da possibilidade
de que o vírus se torne resistente à ação dos medicamentos.
Assim, duas são as mensagens para
quem não tem HIV, simbolizadas por esta data: em primeiro lugar, seja consciente
e não descuide da prevenção. Em segundo, abandonando o preconceito, você já
contribui muito para a luta contra a aids e para a qualidade de vida das
pessoas que com ela convivem.
Fonte: http://www.weinmann.com.br/
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