Imagem usada em campanha
circulada na Europa em combate à mutilação genital (Foto: divulgação)
País africano ostenta um dos
maiores índices de vítimas do procedimento, principalmente entre mulheres entre
os 15 e 49 anos, segundo Unicef.
O presidente da Gâmbia, Yahya
Jammeh, anunciou uma nova lei que vai proibir a mutilação genital feminina no
país, uma prática que afeta mais de 130 milhões de mulheres no mundo inteiro, a
maioria na África e Oriente Médio.
Em seu pronunciamento, Jammeh
disse que a prática deve ser banida do país com uma lei de efeito imediato,
embora não tenha deixado claro quando a nova legislação entra em vigor, segundo
o diário inglês Metro. Alvo de campanhas de ativistas, na Gâmbia a mutilação
genital atinge 76% das mulheres.
"Estou realmente
impressionado que o governo tenha feito isso. Não esperava uma notícia como
essa nem em um milhão de anos. Estou orgulhoso do meu país e muito feliz",
disse o ativista anti-mutilação Jaha Dukureh ao The Guardian.
A mutilação genital feminina, ou
FGM (na sigla em inglês) é a remoção dos grandes lábios e do clitóris feita em
muitas mulheres, geralmente ainda meninas, por motivos religiosos. O
procedimento, feito com instrumentos rústicos como lâminas ou facas, causa
sangramento, infecções e problemas de saúde e psicológicos que acompanham as
vítimas a vida inteira.
O apoio a campanhas anti-FGM
cresceu nos últimos anos na Gâmbia, país que, segundo o Unicef, figura entre os
que ostentaram os maiores índices de vítimas de mutilação entre 2013 e 2014,
sobretudo entre mulheres de 15 a 49 anos.
Fonte: Revista Marie Claire
Nenhum comentário:
Postar um comentário