Impedidas de trabalhar no edifício conhecido como prédio da
Caixa, dezenas de garotas de programa e simpatizantes protestam em frente à
delegacia 76ª DP.
Aos gritos de “Eu, eu, eu, eu dou o que é meu!”, dezenas de
prostitutas e simpatizantes voltaram a parar o trânsito da Avenida Amaral
Peixoto na tarde desta terça-feira, durante protesto em frente à 76ª DP
(Centro). Elas reivindicaram o direito de trabalhar no Edifício Nossa Senhora
da Conceição, conhecido como Prédio da Caixa Econômica. Manifestantes se
concentraram na Rua da Conceição, de onde partiram em passeata até a porta da
delegacia do Centro. De lá, seguiram para a Câmara Municipal, que fica no prédio
ao lado.
A Guarda Municipal e agentes da NitTrans foram chamados para
controlar o trânsito, que ficou parcialmente interditado pelo protesto. As
manifestantes pretendiam ser recebidos pelo delegado e por vereadores, mas isso
não aconteceu.
A maioria dos manifestantes estava com o rosto e corpo
cobertos por máscaras e lençóis. Curiosos pararam ao lado do protesto para
observar o ato, que quase lembrava um carnaval fora de época. Impacientes,
alguns motoristas tentaram furar o bloqueio e foram repreendidos pelas mulheres
que dançavam fantasiadas na da avenida. O protesto durou mais de uma hora.
Uma manifestante disse não entender a recente repressão
policial. “As pessoas de um modo geral são hipócritas. Falam mal da gente, mas
continuam nos encontrando”, declarou. O delegado Gláucio Paz não se pronunciou
sobre o ato.
No último dia 2, prostitutas já haviam feito manifestação em
frente à delegacia. Na ocasião, além de liberdade para trabalhar, elas cobraram
a libertação de duas colegas presas na véspera sob a acusação de serem
cafetinas.
Fonte: O FLUMINENSE
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